Na segunda-feira, a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos votou, com 208 votos a 193, pela isenção dos produtos derivados de carne da rotulagem obrigatória do país de origem. A votação ocorreu durante um debate de apropriações de uma verba de US$ 17,5 bilhões que proibiria que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) gastasse qualquer dinheiro para se adequar ao programa de rotulagem obrigatória do país de origem para carnes. No entanto, alguns senadores do país estão tentando manter o programa.
A rotulagem do país de origem é considerada de grande importância, segundo aqueles que apóiam esta medida, agora que o Japão determinou que, a partir de primeiro de setembro, os EUA terão que rotular a origem de suas exportações. Após a recente descoberta de um caso de doença da “vaca louca” – encefalopatia espongiforme bovina (EEB) – no Canadá, o país asiático quer ter mais certeza de que não haja exportações de carne bovina canadense para seu país via EUA.
O programa de rotulagem obrigatória, que deverá entrar em vigor a partir de primeiro de outubro de 2004, faz parte de um amplo programa de subsídios rurais e pesquisas decretado na lei agrícola do ano passado.
Os produtores rurais e os consumidores dos EUA apóiam esta idéia, mas as redes de supermercados e os processadores de carnes e frigoríficos estão tentando convencer o governo do país que o plano é muito complicado e caro.
Aqueles que se opõem à mudança – que exigiria que o rótulo das carnes informasse onde o animal nasceu, foi criado e processado – disseram que isso custaria US$ 2 bilhões anualmente, um custo que, segundo eles, seria passado aos consumidores.
Fonte: Reuters e Drovers, adaptado por Equipe BeefPoint