A cartelização do setor frigorífico será pauta de uma reunião da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara na primeira quinzena de setembro.
A cartelização do setor frigorífico será pauta de uma reunião da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara na primeira quinzena de setembro.
Segundo o presidente da Comissão de Agricultura, deputado Abelardo Lupion (PFL-PR), o próximo passo é decidir o que deve ser feito a partir da constatação do cartel. Segundo ele, os parlamentares devem cobrar do Poder Executivo medidas a respeito da cartelização e contra a atuação dos “maus frigoríficos”, que “precisam imediatamente receber uma punição extremamente grave”.
A Agência Câmara informou que caso os dirigentes de frigoríficos acusados sejam condenados, poderão ser proibidos de atuar no mercado e responderão a ação penal do Ministério Público. A multa por formação de cartel vai de 1% a 30% do faturamento de cada uma das empresas.
Juntos, os frigoríficos acusados de formação de cartel são responsáveis pela aquisição de quase 50% de todo o gado bovino destinado ao abate nos estados de São Paulo e Goiás, duas das principais praças brasileiras de abate.
No ano passado, a integrantes da comissão tentou criar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Carne, para investigar o assunto, mas não tiveram sucesso em razão da grande quantidade de pedidos de abertura de CPIs.
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A todos pecuarista do Brasil! Infelizmente, acredito eu, que estamos sem saída. Todos nós da área sabemos que existe esse cartel, e sabemos que não temos um política a nosso favor, uma vez que esse LULA odeia nós produtores. Por outro lado os frigoríficos, que estão rachando de ganhar dinheiro com a nossa crise, porque todo mundo sabe também que os frigoríficos grandes compram carne barata daqui do MS e exporta via São Paulo.
E cadê nossos representantes? Por que pagamos taxas e mais taxas de sindicatos e etc se todos são envolvidos na política? Será que adiantaria uma CPI da carne sem retaliações por parte desse cartel ainda mais severa em cima de nos produtores, porque eles são organizados, e nós?
Quero dizer que, infelizmente, não vejo uma saída para o problema da cartelização, a não ser que o Governo realmente faça o que tem que ser feito, fiscalizando, punindo e dando espaço para os pequenos abatedouros entrarem, para ter concorrência justa e preço justo na arroba. O que eu não acredito que esse governo corrupto venha a fazer, pois o dinheiro para eles prevalecem, e os cartéis dominam tudo. Minhas sinceras decepções e condições de continuar acreditando na nossa pecuária e nos nossos representantes.
Não adianta falar de nossos representantes, os culpados somos nos mesmos, porque não somos participativos. Quando somos convocados para reunião da classe produtora, a participação é diminuta. Sabemos que muitos produtores conseguem alguma vantagem de frigoríficos e ficam caladinhos.
A saída é participar de nossos sindicatos, cobrarmos atuação dos mesmos. Cobrar de nossas Federações e do CNA. Se não participarmos, vira o que está, somos obrigados pagarmos taxas de CNA, federação e sindicato – impostas de cima para baixo. É dirigente que nunca muda, sempre os mesmos. Sou de opinião de participarmos, ser operante para podermos cobrar e tirar essa gente inoperante e cabideira.
Colegas pecuaristas, sou agropecuarista no RS e presidente do Sindicato Rural de Caçapava do Sul-RS. Concordo na integra com a carta do Sr. José Antônio Vieira da Silva-MT. Não basta nos exclamarmos nos cafés ou reuniões festivas. Ou traçamos nosso destino ou outros o fazem por nos. Há um ditado que diz que os governantes ou representantes são o espelho da sociedade, gostando ou não. Se não participarmos realmente, se não dispormos de algum tempo para a luta de classe, o resultado é isto que aí está. Uma minoria organizada (frigoríficos) mandam e transferem o capital da maioria desorganizada e dona do capital (pecuaristas), através da compra de bois abaixo do custo de produção.
Uma informação, sabem como é eleito o presidente da Federação dos sindicatos (estadual)? Pelo voto secreto do representante legal do sindicato, normalmente o presidente. Existem sindicatos rurais onde os presidentes simplesmente ocupam o cargo, e não exercem o cargo, por omissão dos pecuaristas “com cheiro da terra”. O resultado é conhecido.
No RS, o cartel não é citado, mas temos um frigorífico que domina aproximadamente 40% do mercado, somado a uma entidade representante dos frigoríficos atuante e uma teia de interesses profunda. Somente vemos saída, através da união e organização dos pecuaristas (o pouco que for possível já ameniza o problema), na pressão e cobrança aos representantes e governantes e na disseminação da informação.
Após esta carta, vou contactar nosso deputado federal, cobrando posição. Pecuaristas, analisem com cuidado em quem votarão na próxima eleição, nossa representação política é pequena comparado ao nosso número.
Atenciosamente,
Julio Tatsch
Hope you are well and happy. You should be making pots of money if the cattle prices reflect the prices we are paying for the beef. (Espero que você esteja bem e feliz. Você deve estar ganhando rios de dinheiro se o preço de gado reflete o que nos estamos pagando pela carne).
Palavras de um amigo na Inglaterra Diretor Presidente de um dos maior distribuidores de carne…O lucro esta ficando onde então?
O que podemos deduzir? Que aceitamos tudo com muita passividade e que em prazo curtíssimo já esquecemos tudo e continuamos na mesma. O que temos que buscar é a nossa independência, pois acredito que força para isto nos temos o que nos falta é simplesmente falta de organização. Existem federações, associações, sindicatos etc…, qual delas é administrada por nós e que briga por nossos interesses? Por que não criamos uma cooperativa, uma associação e verticalizamos a nossa produção, será que não temos capacidade para isso? Por que temos que ficar sempre submissos aos frigoríficos? Se eles estão ganhando muito, crescendo a cada dia que passa, e nos ao contrário, cada dia com maior dificuldade, então vamos dividir entre nós este ganho e não aceitar estas condições impostas por eles. Sem contar que, ao vendermos nosso produto final, nunca conseguimos o preço justo e desejado para que consigamos cobrir os custos de produção e ainda vamos assistir o abate onde eles limpam o que querem e temos que confiar na balança que nem sabemos da aferição se está ou não correta, enfim temos que aceitar tudo sem sequer conseguir jamais impor alguma sugestão. O problema do criador é muito mais grave do que possamos imaginar, pois do governo podemos aguardar tudo, menos a solução de que esta questão de cartel vai ser resolvida.
Um quilograma de contra-filé resfriado brasileiro paga Euros 3,03 p/kg mais
12,8 % do valor Candf para ser importado na Inglaterra. Bruxelas utiliza estes fundos para subsidiar os produtores locais e também exportações de carne bovina européia a terceiros países. Isto deturpa de maneira considerável o comércio exterior e de forma indireta afeta também os preços no mercado interno brasileiro.
Este fato explica, em parte, para onde está indo o lucro que todos procuram. Podem reportar-se a um dos maiores especialistas brasileiros no assunto, vosso colega Marcos Jank, que tem vasto conhecimento sobre o atual estágio das diferentes negociações de liberação do comércio internacional. Produtores e processadores são elos da mesma cadeia e precisam trabalhar em conjunto para potencializar a força brasileira no agronegócio.
A palavra chave para isso é cooperativismo. Mas infelizmente a pecuária sempre andou com suas próprias pernas. Me lembro, quando funcionário, do BB na área agropecuária (71/76), pelo menos numa pequena região do estado de São Paulo, poucos pecuaristas procuravam o Banco, se bem que o dinheiro para a pecuária já era escasso. Mas já esta na hora em se pensar em cooperativas.
Finalmente…Demorou quase 2 anos de denúncias para que o governo investigasse isso. Na minha praça, a arroba do boi gordo (com 30 dias descontado fundo rural) estava sendo comercializada a R$32,00/@ e, em apenas 2 meses após o governo começar a agir, ela subiu para R$44,00. Só queria que isso tivesse acontecido antes.
Comprovadamente a minha geração de pecuaristas nada fará para se unir e tomar as rédeas do mercado físico do boi. Por incrível que pareça, não formos preparado para combater em duas frentes.
Resta-nos rezar e estimular, para que os jovens que entram no negócio mudem drásticamente o rumo da pecuária. Da forma que está, não vejo nem futuro para os frigoríficos por falta de matéria prima.
Parabéns, prezados senhores idealizadores deste sítio. Cultuamos juntos a necessidade de informar e ampliar o acesso a informação de pecuaristas, nossos clientes. Esta é e será a única arma efetiva contra as mazelas que açoitam nossa atividade econômica e nosso país como um todo.
Cadê a CNA para lutar por nós os pequenos, porém contribuintes? Quando atrasamos as nossas anuidades, este sindicato vem com advogados juízes e todo tipo de cobrança. Acredito que estamos passando uma série crise de dignidade, honradez, não existe mais honestidade entre os poderes públicos e privado, com raríssima exceções (deveria ser ao contrario). Isso é o fim.
Quando a cana tomar conta do país iremos importar carne de quem? Quando vamos vender nossos bois para os frigoríficos e contestamos os preços oferecidos e relatando que os canais competentes indicam um preço a maior eles simplesmente nos orientam a vender o nossos bois a estes canais.
Senhor presidente da CNA, vocês sabiam disso há muito tempo, por que não tomaram providência mais cedo? Pois agora, nós pequenos estamos todos quebrados arrendaremos nossas propriedades a cana de açúcar. E viva os usineiros brasileiros!!!
Ao meu ver, a maior discrepância que existe dos frigoríficos perante a classe de produtores, é a organização deles frente à nossa desorganização e falta de mobilização.
Há muito tempo, era comum e usual os produtores ficarem isolados em suas propriedades, sempre atarefados com a lida diária, com o trato dos animais, com os cuidados com a terra, etc. E sempre “não tinham tempo” para poderem se reunirem, se organizarem, e se ajudarem.
Hoje em dia, “continuam sem tempo”. Porém, a situação tomou proporções desastrosas e está levando todos ao caos. Não podemos mais fazer de conta que o problema não é nosso!!!
Até quando vamos agüentar tamanha afronta? Até quando vamos permitir sermos roubados? Até quando vamos “ficar de longe” vendo o nosso patrimônio ser “corroído” pela ganância de alguns?
Está mais que na hora de agirmos!!! Não adianta ficarmos colocando a culpa em nossos governantes e continuar parados no tempo. Temos que nos organizar em cooperativas, associações, sindicatos etc. Precisamos trocar experiências. E agir.