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Campeãs de vendas na Expointer 2002/RS

Entre os bovinos de corte, os maiores destaques em vendas na Expointer 2002/RS foram o charolês e o angus. Somados os negócios, as duas raças foram responsáveis por R$ 864 mil do total geral da feira. Esse resultado inclui a comercialização realizada nas pistas de remates e também na argola.

O desempenho registrado pelos criadores de charolês desbancou o posto de liderança nas vendas ocupado pelo angus nas duas últimas edições da mostra. A raça registrou R$ 429,2 mil entre os animais de argola, um acréscimo 266,5% sobre 2001 (R$ 117,1 mil). Entre os rústicos charolês, o crescimento foi de 173%, passou de R$ 7,8 mil para R$ 21,3 mil. A raça também foi campeã na venda de doses de sêmen, com 216 unidades pelo valor total de R$ 14,3 mil.

O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Charolês, André Berta, que assumiu o cargo na sexta-feira passada (30), credita esse sucesso ao trabalho intenso de promoção da raça desenvolvido pela gestão anterior, sob o comando de Cesar Adams Cezar. Além disso, Berta lembra que nesta edição não houve turbulências que pudessem comprometer os negócios, como nos últimos três anos: em 1999, a questão fundiária provocou ameaça de boicote dos criadores à mostra, e, em 2000 e 2001, a descoberta de focos de febre aftosa tumultuou o mercado às vésperas da exposição.

Agora foi diferente. A situação sanitária e a perspectiva de liberação da saída de animais do Estado sem necessidade de quarentena atraíram criadores de fora, especialmente do Paraná, Mato Grosso do Sul e Bahia. O dirigente enumera ainda como pontos favoráveis a oferta de crédito e o ciclo da pecuária de corte, em que os produtores estariam voltando a investir no charolês, depois de 15 anos de predomínio de raças britânicas como o angus e o hereford no campo. Na Expointer 2002 o faturamento do angus foi de R$ 414,2 mil, a segunda maior comercialização.

Fonte: Zero Hora (por Lisiana dos Santos), adaptado por Equipe BeefPoint

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