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Cana-de-açúcar avança na região de Araçatuba

Em São Paulo, a situação não é diferente. Em algumas regiões, como Araçatuba (SP), há alguns anos a pecuária vem perdendo espaço para outras culturas. “Estou reduzindo o pasto para plantar cana”, diz o pecuarista Alfredo Ferreira Neves. Dos 1.600 hectares de sua propriedade, cerca de mil já têm cana. “Não vou deixar a pecuária, mas está muito difícil sobreviver sem diversificar”.

Segundo Neves, que também é vice-presidente do Sindicato Rural da Alta Noroeste (Siran), a região ainda é o principal pólo paulista produtor de gado mas, nos últimos quatro anos, o rebanho reduziu cerca de 30%. Para ele, os preços estão muito defasados. “Em 2000 negociava a arroba a R$ 58/R$ 60. Hoje, não passa de R$ 62. E os custos dobraram. Por isso estamos diversificando”.

A exemplo de Mato Grosso, pecuaristas paulistas também estão se organizando. O objetivo do grupo, segundo Neves, é formar uma associação de produtores, dissociada do sindicato, para defender os interesses da classe. “Não temos saída senão acatar os preços impostos pelos frigoríficos. Mas se nos juntarmos poderemos negociar melhor”.

A indústria frigorífica se defende. Segundo o diretor do Sindicato da Indústria do Frio do Estado de São Paulo (Sindifrio), Hélio Toledo, existe hoje um equilíbrio entre a oferta e a demanda de carne e o mercado, conseqüentemente, vive um período regular. “Tudo depende do mercado. Estamos num momento estável e o setor está se adequando, para encontrar uma posição em que possa se recuperar. O pecuarista tem de ter consciência que estamos entrando numa fase de baixa de preços. O consumo está estável e o mercado comportado”, diz.

Fonte: O Estado de S.Paulo/Suplemento Agrícola, adaptado por Equipe BeefPoint

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