O ministro da Agricultura do Japão, Yoshiyuki Kamei, disse que o Canadá deve melhorar o controle sobre a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), a doença da “vaca louca”, antes que o governo japonês examine a possibilidade de reabrir as suas fronteiras para a carne bovina canadense.
“Inspeções científicas no mesmo nível que as que são realizadas no Japão teriam de ser implementadas no Canadá”, afirmou. “Essa seria uma condição importante para o Japão autorizar de novo as importações do Canadá”.
Os comentários de Kamei se seguiram à reunião com o seu colega canadense, Lyle Vanclief, que está fazendo lobby junto ao Japão, Estados Unidos e outros 32 países para retomar o comércio com os produtores canadenses de carne bovina.
A proibição, devido a um caso da doença em Alberta, prejudicou um setor que historicamente movimenta US$ 8 milhões por dia. A maior parte desse comércio é feita com os Estados Unidos, que tem declarado que reluta em suspender a proibição porque o Japão tem dito que poderá bloquear a carne bovina dos EUA. O Japão é o maior importador da carne bovina norte-americana.
O Canadá abateu cerca de 3,7 mil animais e realizou testes com três mil para detectar a doença depois da descoberta de maio. Funcionários concluíram que a vaca nunca entrou na cadeia alimentar e que a doença não havia se alastrado. Eles ainda não sabem como ela contraiu a enfermidade.
Em uma entrevista coletiva anterior, Vanclief disse que o sistema de inspeção do Canadá está à frente daquele do Japão “em quase todos os casos”. Kamei discordou. “O Japão realiza testes de todas vacas que entram nos abatedouros para detectar a doença da vaca louca, enquanto o Canadá testa apenas as que mostram sintomas da enfermidade”, disse.
O Canadá considera os animais com idade inferior a 30 meses seguros em relação à doença, enquanto o Japão tem um limite de 24 meses, acrescentou.
Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint