O ministro das Finanças do Canadá, Ralph Goodale, disse que o país se defenderá contra a barreira “injustificável” dos Estados Unidos a seus bovinos, para que os EUA processem mais carne dentro do país.
“Nós já começamos a tomar medidas para nos defender através da transformação da indústria processadora do lado do Canadá”, disse Goodale após uma reunião com o ministro da Economia norte-americano, John Snow. “Se (a carne bovina) passar a ser processada no Canadá por um longo período, não nos culpem pelas conseqüências para o setor processador dos EUA”.
Goodale e Snow deverão retomar as discussões sobre a barreira após as eleições presidenciais de dois de novembro – ainda no final deste ano ou no começo de 2005. A barreira foi imposta em maio de 2003, quando um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como doença da ‘vaca louca’, foi descoberto em Alberta.
“Nós achamos que a ciência já está satisfeita. Não há justificativa econômica ou comercial para a permanência do fechamento da fronteira. Esse é um assunto que devia ter sido resolvido há muito tempo”, disse Goodale.
Buscando mercados asiáticos
A indústria de carne bovina canadense está agora concentrando seus esforços na abertura dos mercados em outras regiões, especialmente na Ásia.
O presidente da Federação Canadense de Exportação de Carne Bovina, Ted Haney, que foi para Jakarta, na Indonésia, nesta semana, disse: “A Indonésia é um mercado interessante. É grande, mas eles têm um requerimento de que a carne bovina importada seja abatida no estilo halal ou muçulmano”, disse ele.
Cerca de 88% dos 240 milhões de habitantes da Indonésia são muçulmanos, tornando este o país com a maior população de muçulmanos do mundo. Após sua viagem a Jakarta, Haney planeja visitar Taiwan, Coréia do Sul, Japão, China e Hong Kong.
Fonte: MeatingPlace.com (por John Gregerson), adaptado por Equipe BeefPoint