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Características adequadas aos bovinos de região tropical seriam o grande trunfo da raça Piemontesa

Origem indiana, alma italiana e futuro brasileiro. É o que dizem os criadores sobre o bovino piemontês, umas das novidades da Expo-Goiás e que pode ser vista a partir do dia 21 no pavilhão 19. Eles anunciam a raça como opção para formação de rebanhos puros de corte ou em cruzamento com a nelore. Ela tem ainda, como um dos principais argumentos, as características dos rebanhos típicos das regiões tropicais: pêlo curto e claro, pele escura e cascos, olhos, focinho e parte interna das orelhas em cor preta.

A multiplicação dos casos de lesões na pele de reses importadas ou cruzadas e desprovidas de pigmentação, por causa de fotossensibilidade, fortalece a defesa da raça proveniente da região de Piemonte, na Itália. Mas seus criadores falam também das vantagens ao abate. Eles devem expor de 50 a 60 animais e levar alguns exemplares a leilão, junto com o nelore precoce, amanhã. Para o consumidor, eles prometem uma carne com maciez reconhecida por um centro de pesquisa dos Estados Unidos, Clay Center, e magra.

Em quantidade de colesterol, os números comparativos da Associação Brasileira de Criadores de Piemontês são mais intrigantes: “100 g de carne do animal piemontês puro apresenta de 43 mg a 48 mg (de colesterol), já o vitelo de leite tem 84 mg, o suíno tem 79 mg, o frango de 74 a 76 mg”, informa a assessoria da entidade. Até no linguado, um peixe, a taxa é superior: 52 mg. Pesquisa da Universidade de Denver, EUA, teria comprovado esse baixo índice.

Resistência

Para pecuaristas, os criadores de Piemontês informam que a raça, mais voltada para a produção de carne, tem linhagem também leiteira e pode ainda ser usada para tração. É que ela tem dupla musculatura (hipertrofia muscular), característica de um animal que se formou em região montanhosa e passou por longa seleção genética. A coxa dupla faz dele um animal mais resistente, favorecendo-o no processo de crescimento e no rendimento de carcaça. Números da associação mostram que o rendimento médio de carcaça é de 72% para animais puros e de 59% para cruzados. Alta conversão alimentar e precocidade reprodutiva, tanto dos machos quanto das fêmeas, são outros fatores que a piemontesa teria a seu favor.

Fonte: O Popular/GO (por Marly Paiva), adaptado por Equipe BeefPoint

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