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Carne Angus do Uruguai busca maior valor no Reino Unido

Nos próximos meses, a carne Angus do Uruguai se converterá na primeira a entrar nos supermercados do Reino Unido com uma etiqueta diferenciada, cujos dados são aprovados pela União Européia (UE).

Nos próximos meses, a carne Angus do Uruguai se converterá na primeira a entrar nos supermercados do Reino Unido com uma etiqueta diferenciada, cujos dados são aprovados pela União Européia (UE).

Os primeiros negócios estão praticamente feitos, escolhendo-se as cadeias de supermercados do Reino Unido com destino. “Na UE, a carne com o selo Angus – também com outras etiquetas – têm um valor agregado e, para não enganar os consumidores, a UE faz auditoria dos programas e os habilita para que entrem no mercado com o selo, chegando diretamente nas mãos do consumidor”, disse o encarregado comercial da Carne Angus do Uruguai, Diego Crosta.

Crosta disse que um segundo passo se centrará em obter algum outro mecanismo de diferenciação, através do selo, nos Estados Unidos, já que a denominada “rotulagem facultativa” somente é válida para a Europa. O fato de que nos últimos dois anos os frigoríficos uruguaios não tenham exportado tanto volume ao mercado dos EUA porque a UE e principalmente a Rússia pagavam preços melhores demorou um pouco para acionar este mercado.

Participam do programa Carne Angus do Uruguai 25 produtores que remetem 7 mil novilhos por ano, confirmou o encarregado comercial da empresa. Além da carne, também certificarão o campo com um protocolo de garantia que estará a cargo da empresa inglesa Breeders & Packer Meat Uruguay. A firma, que construiu uma planta frigorífica modelo no Uruguai impulsiona um novo modelo produtivo com especial ênfase à qualidade. Através deste protocolo de garantia, os criadores poderão cumprir com as exigências impostas pelas duas cadeias de supermercados ingleses que abastecerão.

“A carne vai com selo e os estabelecimentos estarão certificados com esse programa de garantia de campo, que inclui bem-estar animal, sanidade e alimentação. Todos são aspectos que preocupam muito os consumidores da UE”. Por outro lado, esta alternativa permitirá padronizar a produção no campo para que seja mais homogênea. A rotulagem é uma oportunidade a mais para criar valor. “Hoje que o preço da carne baixou, é mais importante criar valor agregado e poder se diferenciar”, disse Crosta.

Até agora, os cortes de carne chegam aos compradores com os dados na caixa onde são enviados. Agora, através da rotulagem facultativa, é possível colocar em cada corte embalado individualmente, todas as características que o vendedor deseja incluir para poder informar melhor aos consumidores que compram esse produto. Esses dados que são incluídos no rótulo são aprovados pelas autoridades da UE.

No momento, o Uruguai é o único país da região que conta com a aprovação européia para a rotulagem facultativa e abre a oportunidade de chegar diretamente aos consumidores com a marca do país.

Na Europa, muitos importadores vendem carne uruguaia como argentina, que é muito mais conhecida, por isso, a rotulagem se transformou em uma ferramenta que possibilita impulsionar as vantagens comparativas da pecuária uruguaia.

A reportagem é do El País, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. ROBERTO SCHROEDER disse:

    Casualmente hoje fui ao supermercado Tesco aqui em Cirencester – Inglaterra, onde estou estudando e vi Uruguayan Beef no Balcão.

    É a primeira vez, pois até então só havia visto British Beef (no máximo um cordeiro da NZ). Eles tem este sentimento de orgulho pelas coisas daqui e dão preferência para produtos daqui, principalmente os tradicionais e rurais. O preço era em torno de £10.00 por quilo (R$35,00 aproximadamente), por um pedaço de rump steak.