Mercados Futuros – 24/10/07
24 de outubro de 2007
Semana de alta no mercado do boi, valorização da arroba é alavancada pela pouca oferta
26 de outubro de 2007

Carne bovina faz sucesso em Anuga

Este foi o ano da carne bovina brasileira em Colônia, na Alemanha, durante a Anuga ( Mercado Mundial da Alimentação), entre os dias 13 e 17. Segundo a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, dos US$ 147 milhões negociados só no setor de carnes (bovina, suína e de aves), US$ 100 milhões foram em carne bovina.

Este foi o ano da carne bovina brasileira em Colônia, na Alemanha, durante a Anuga ( Mercado Mundial da Alimentação), entre os dias 13 e 17. Segundo a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, dos US$ 147 milhões negociados só no setor de carnes (bovina, suína e de aves), US$ 100 milhões foram em carne bovina.

O volume total de negociações realizadas pelos 150 expositores brasileiros chegou a US$ 963 milhões. No total, 25 frigoríficos brasileiros participaram, além da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

Segundo o diretor-executivo da Abiec, Antônio Camardelli, vários fatores contaram para o desempenho da carne bovina em Anuga. “Houve muita procura e pouca oferta, por causa da seca nas regiões produtoras no Brasil”, diz. “O pouco que se tinha foi vendido por preços muito bons.”

O diretor de Exportação do frigorífico Marfrig, Andrew Murchie, concorda: “Em outros anos, a oferta estava alta e a pressão dos compradores por preços baixos era grande”, diz. “Agora, o momento é de preços firmes e as chuvas atrasaram, daí a baixa oferta de carne”, continua.

Outro fator que reduziu a oferta de carne foi a revisão, pelo Ministério da Agricultura, das empresas certificadoras brasileiras, que dão a garantia de que a carne exportada é rastreada. “Várias certificadoras foram suspensas e estão tendo de arrumar a casa”, diz Camardelli. Até um fator religioso contribuiu para incrementar os negócios: o Ramadã este ano não coincidiu com Anuga, então os muçulmanos puderam comparecer ao evento.

Meio ambiente

O estande brasileiro chamou muito a atenção para o tema meio ambiente, o boi de capim, produzido com respeito às normas ambientais e sociais, uma das principais exigências dos consumidores externos. Conforme descreve a gerente de Marketing da Abiec, Andréa Veríssimo, foi montado, no estande brasileiro, um restaurante para degustação da carne brasileira, o Brazilian Beef. “Na entrada do restaurante havia o Espaço Bioma, 130 metros quadrados com pasto natural e uma paisagem linda de uma fazenda”, diz. “Colocamos uma série de informações sobre a pecuária brasileira e como o gado zebu se adaptou aos trópicos.”

Segundo o diretor-comercial do Frigorífico Independência, André Skirmunt, que participa como expositor em Anuga desde 1993, “é importante, para o consumidor final, a qualidade do produto como um todo. Não apenas a raça, mas as condições sanitárias do processo produtivo e as sustentabilidades social e ambiental e a apresentação na gôndola do supermercado”, diz. “É este o conjunto que faz a força do produto brasileiro e a sua aceitação e valorização no contexto internacional.”

Fonte: O Estado de S. Paulo

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