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Carne bovina para a UE apenas com boi rastreado

A partir de 15 de julho todos frigoríficos exportadores de carne bovina precisarão estar adaptados à nova legislação, que exige a rastreabilidade dos animais abatidos. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) não vai mais emitir, a partir dessa data, os certificados de exportação para os frigoríficos que deixarem de apresentar os registros no Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov). A informação é do ministro interino da Agricultura, José Amauri Dimarzio. “Vamos cumprir a lei”, disse.

Um dado importante, segundo Dimarzio, é que para ter acesso ao certificado de exportação, o registro do boi em questão precisará ter, no mínimo, 40 dias. “Este é o tempo necessário para que o animal possa ser analisado em relação à sua sanidade”, disse o pecuarista da Chalet Agropecuária, Luiz Eduardo Batalha, que informa já ter efetuado o rastreamento em todo seu rebanho.

Uma missão da UE deverá visitar o Brasil no próximo dia 30 de junho para inspecionar a situação dos frigoríficos e observar como está atualmente o sistema de rastreabilidade bovina no País. Em abril, uma outra missão européia visitou o Brasil e teria chegado à conclusão de que os produtores não estavam fazendo adequadamente os serviços.

Segundo representantes do mercado, as estimativas são de que só um milhão de cabeças estariam com todas exigências cumpridas, em um universo de 183 milhões de cabeças.

Para Batalha, os pecuaristas que saíram à frente e efetuaram a rastreabilidade têm maior poder de barganha, na medida em que o mercado entenderá que a lei será cumprida e que em breve os bovinos rastreados serão mais disputados entre as indústrias.

Fonte: Gazeta Mercantil (por Paulo Soares), adaptado por Equipe BeefPoint

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