A nova expansão das exportações de carne bovina neste ano mostra que o Brasil conquistou seu espaço no comércio mundial. Foi por terra a teoria de que o País teria ganho mercado no vácuo criado pela saída da Argentina e pelo aumento de compras européias em razão da doença da “vaca louca”. Passado o pico dessas crises, o Brasil continua exportando, e muito. No primeiro semestre de 2002, foram exportadas 399.150 toneladas, um volume 20% superior ao registrado em igual período de 2001. Os analistas apostam que as vendas continuarão firmes.
Mesmo países que eram considerados clientes cativos da Argentina, como Chile e Israel, continuam comprando carne brasileira. O Chile, por exemplo, adquiriu 40 mil toneladas de carne in natura em 2001. No primeiro semestre deste ano, já comprou 20 mil toneladas, o que indica que o ritmo das compras não se alterou, apesar de a Argentina ter voltado ao mercado internacional.
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Edivar Queiroz, acredita que a meta para 2002 de receita cambial de US$ 1,1 bilhão (valor FOB) não será cumprida. Ele não descarta a possibilidade de o faturamento com as exportações apenas repetir o resultado de 2001, de US$ 1 bilhão. A receita de 2001 foi recorde, ressalta.
Grã- Bretanha
A Grã-Bretanha retomará as exportações de carne in natura, após a epidemia de febre aftosa que atingiu o rebanho do país em fevereiro de 2001, quando houve mais de dois mil focos da doença e sacrifício de mais de quatro milhões animais.
O primeiro lote de carne bovina para venda foi processado dentro das regras da UE, que levantou as restrições em julho. A encomenda é para uma fornecedora de refeições da Holanda.
Fonte: O Estado de São Paulo (por Eduardo Magossi e Fabíola Salvador) e Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint