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Carne bovina: US$110 milhões exportados em janeiro

As exportações do agronegócio em janeiro chegaram a US$ 2,324 bilhões, representando um novo recorde histórico para meses de janeiro e crescimento de 18% em relação a igual período de 2003 (US$ 1,969 bilhão). Com importações de US$ 385 milhões, a balança comercial do setor apresentou um superávit de US$ 1,939 bilhão no mês passado. O dados foram divulgados pela Secretaria de Produção e Comercialização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

As exportações de carnes cresceram 33,3%, resultado, principalmente, do aumento de 44,7% nas exportações de carne bovina in natura, que passaram de US$ 76,1 milhões em janeiro de 2003 para US$ 110,1 milhões em janeiro de 2004.

Considerando o destino das exportações do agronegócio, houve aumento considerável nas vendas para a China (de US$ 51 milhões para US$ 129,1 milhões), Espanha (de US$ 45 milhões para US$ 79,2 milhões) e Itália (de US$ 85,4 milhões para US$ 113,8 milhões). Com exceção da Europa Oriental, Nafta e Oriente Médio, houve crescimento das exportações em praticamente todos os continentes ou blocos econômicos. Destaque para os incrementos das vendas para o Mercosul (+ 61,8%), União Européia (+23,6%) e Ásia (+ 62,1%).

No acumulado dos últimos 12 meses, as exportações do agronegócio atingiram o total de US$ 30,994 bilhões, 22,3% acima do valor exportado no período de fevereiro de 2002 a janeiro de 2003, que foi de US$ 25,324 bilhões. O resultado deve-se, principalmente, ao aumento das exportações do complexo soja. Os itens papel e celulose e carnes também apresentaram crescimentos significativos no período, passando de US$ 2,1 bilhões para US$ 2,8 bilhões (+ 35,9%) e de US$ 3,1 bilhões para US$ 4,18 bilhões (+ 31,8%), respectivamente.

Fonte: Mapa, adaptado por Equipe BeefPoint

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  1. Julio Cesar dos Santos disse:

    Dadas as condições do mercado interno – desemprego, renda em queda, etc., e o volume de carne bovina produzido para atendê-lo, resta ao frigoríficos concentrar, focar os esforços na exportação, auferindo ganhos relevantes em face dos preços internacionais crescentes desde os últimos meses do ano anterior.

    Assim, quanto menor o preço no mercado interno, tanto melhor para o crescimento da sua margem de lucro. Esse cenário, interessante para o governo, para o controle dos níveis de inflação e simpático como um todo para o mercado interno consumidor, só tem um “prejudicado”: o produtor de carne.

    E não adianta chiar, pois mesmo quem investiu em qualidade, diferenciação na produção, auferirá vantagens, pois no momento há oferta suficiente para que não haja qualquer diferenciação por parte dos frigoríficos.

    O balizamento de preço será aquele sinalizado/sancionado pelo mercado interno. Enquanto não tivermos uma escala suficiente de exportação (e não adianta ser o primeiro no ranking mundial), algo em torno de uma participação de 40% da produção destinada à exportação, o preço não se alterará para o produtor que produz para o mercado interno.

    E a projeção do mercado futuro da commodity parece captar isto com muito precisão (apesar de todos os acontecimentos no mercado internacional, seja no âmbito da carne de frango e da própria carne bovina), os preços futuros não se movem.

    Portanto, somente alguns – frigoríficos exportadores – capturarão os benefícios de melhores preços no mercado internacional. Melhor se forem também produtores de carne – criação/engorda próprias.