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Carne certificada de gado a pasto tem grande procura por supermercados na Austrália, oferta constante é o desafio

Um mês após os primeiros abates começarem dentro do novo Sistema de Garantia de Bovinos a Pasto (PCAS) da Austrália, uma massa crítica está se formando como o próximo grande desafio na evolução do programa. Cerca de 1.200 produtores de carne participaram de uma das 13 jornadas de informação do PCAS conduzidas nas regiões central e do sul de Queensland, New South Wales e South Australia.

Um mês após os primeiros abates começarem dentro do novo Sistema de Garantia de Bovinos a Pasto (PCAS) da Austrália, uma massa crítica está se formando como o próximo grande desafio na evolução do programa. Cerca de 1.200 produtores de carne participaram de uma das 13 jornadas de informação do PCAS conduzidas nas regiões central e do sul de Queensland, New South Wales e South Australia.

Até agora, somente 30 produtores de carne bovina nesses três estados estão atualmente certificados para fornecer bovino “Certified Pasturefed”, com mais 30 devendo completar a certificação nos próximos um a dois meses. No total, cerca de 240 produtores se registraram para se unir ao programa PCAS e entrar no processo de certificação.

O Teys Australia, primeiro frigorífico a se comprometer com o programa PCAS, começou a abater bovinos qualificados no começo de agosto, mas embora os números estejam crescendo de forma estável, o volume de carne bovina que está sendo produzido ainda é bem menor do que é justificado para começar segmentar o produto em resfriadores e em embalá-los sob o rótulo de Certified Pasturefed.

Não há dúvidas de que há demanda por produto certificado como criado a pasto entre os grandes  varejistas e por programas de marcas. Importantes supermercados já mostraram interesse em ter produtos com a marca do PCAS, como parte da oferta de carne produzida a pasto certificada. Porém, eles continuam preocupados em adotar o programa até que estejam convencidos de que existe massa crítica nas cadeias de fornecimento do PCAS para fornecer continuidade e consistência o ano todo.

A Coles vê uma demanda clara por esse tipo de produto dos clientes, mas ainda precisa trabalhar em como obter alguma vantagem estratégica da oferta com certificado de criação a pasto. Um dos grandes desafios em nosso negócio é a continuidade. Administrar o aspecto sazonal nos produtos produzidos a pasto, e garantir que haja produto adequado disponível, são os novos desafios. Nada é pior do que começar a promover o produto aos clientes e, então, ter problemas de oferta, quando os consumidores estão procurando por ele nas prateleiras.

Nicklin não foi capaz de dizer se um premium seria obtido com o produto PCAS no varejo, nos estágios iniciais. O Meat and Livestock Australia (MLA) fez um trabalho fantástico em promover a carne produzida com grãos como um produto premium australiano. De repente mudar esse pensamento e pedir um preço maior por isso será um desafio em alguns mercados. Pode haver um processo de educação envolvido, disse ele.

Os principais frigoríficos, além do Teys, também estão começando a se alinhar ao programa. O abatedouro de Oakey, do Nippon Meat Packers Australia, no sul de Queensland, começou o processo de registro e espera ganhar a certificação PCAS em breve. Serão, então, feitas jornadas de informação para seus fornecedores como parte do processo de construir uma cadeia de fornecimento de carne certificada como produzida a pasto no Oakey. Outras plantas da companhia também poderão ser adicionadas depois.

Stephen Kelly, do Nippon, disse que embora o custo da auditoria provavelmente seja um ponto de resistência no início do desenvolvimento do programa PCAS, à medida que mais produtores mostram interesse de se unir ao esquema, a auditoria se tornaria mais barata e isso, em si, encorajaria mais participações.

O JBS Australia disse em uma recente audiência junto a produtores na planta Dinmore da companhia que não estava considerando a adoção do PCAS nesse estágio. O desafio está em sacrificar a eficiência em mais segmentação do que já é altamente segmentado pelo programa Meat Standard Australia (MSA) nos grandes abatedouros australianos. A companhia não descarta o programa PCAS.

Outro que adotou logo o PCAS, o Atron Enterprises, de David Larkin, que teve seu serviço de abates MSA colocado na planta da Northern Co-operative Meat Co, certificada pelo PCAS, em Casino, fez vários workhops com os fornecedores, mas confirmou que ainda não começou a embalar os produtores com a rotulagem do PCAS.

A coordenadora do PCAS, Angela Schuster, disse que mais de 1.200 produtores agora participaram de uma das jornadas de informação sobre o PCAS. Somando-se a isso tem mais 600 que participaram da recente sessão de webinar do Future Beef/Beef Central sobre o PCAS, junto com discussões com produtores e o número exposto ao programa agora é de quase 2.000 produtores, de várias regiões do país. Ela disse que as diferenças nas respostas dos produtores de norte a sul não foram grandes, principalmente relacionadas a questões como o uso de marcas de gado como método de identificação do PCAS versus identificadores mais amplamente usados no sul.

Os órgãos de certificação e os agentes estão também tentando facilitar isso explicando aos produtores para baratear o processo de auditoria um pouco, eles podem se unir a um “circuito” de auditorias com outros que se unem ao programa.

Quando as pessoas entendem porque existe um requerimento para auditoria anual no local, tornam-se mais confortáveis com o processo. Ninguém está fazendo isso apenas por diversão , existem razões válidas e importantes de acesso a mercados.

Os 13 workshops do PCAS que foram feitos até agora tiveram em média 80 participantes cada. Os números se dividem de forma bastante equilibrada entre os produtores que já têm credenciamento para oferta ao mercado da União Europeia (UE) e aqueles que não foram anteriormente expostos a esse tipo de programa direcionado por auditorias. É importante que o PCAS seja visto como um programa amplo aplicável a todos os produtores, independentemente de sua localização e não somente aqueles que já fornecem ao mercado da UE ou no norte, ou no sul.

O gerente geral de pecuária do Teys Australia, Geoff Teys, confirmou que sua companhia está pagando 20 centavos (18,29 centavos de dólar) por quilo de premium ao rebanho com PCAS, apesar do fato de que ainda seja necessário extrair qualquer vantagem de preços embalando a carne em uma caixa separada, diferente da convencional para carne produzida a pasto MSA. Em algum momento, haverá um ponto de desencadeamento onde podemos começar a embalar com o rótulo de Certified Pasturefed sob nossa marca Grasslands, mas ainda não chegamos lá, disse Teys.

Em 06/09/13 – 1 Dólar Australiano = US$ 0,91465

1,09310 Dólar Australiano = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)

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Fonte: Beef Central, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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