Padraig Walshe se mostrou desconfortável e na defensiva, após os casos de carne contaminada com dioxina na Irlanda. Escândalo que provocou o embargo de mais de 20 países. "Certamente vamos enfrentar dificuldades e precisaremos ir a ao consumidor", disse anunciando o início de uma campanha no mercado europeu, desta vez para tentar convencer comerciantes e consumidores de que não há real perigo à saúde do consumidor.
Padraig Walshe se mostrou desconfortável e na defensiva, após os casos de carne contaminada com dioxina na Irlanda. Escândalo que provocou o embargo de mais de 20 países.
Como presidente da Associação dos Produtores Rurais da Irlanda, Walshe comandou na Europa a campanha contra a carne bovina brasileira, alegando que havia problemas sanitários capazes de ameaçar a saúde humana, e conseguiu que a União Européia restringisse a entrada do produto no bloco.
Numa ação relâmpago, a agencia sanitária européia, a European Food Safety Authority, anunciou ontem que o consumo do suíno irlandês contaminado não representa risco à saúde humana. Walshe admitiu, porém, que o estrago na reputação do produto irlandês é inevitável. A notícia que se propagou foi de que a carne suína tinha níveis de dioxina até 200 vezes maiores que os admitidos na UE, transformando a crise num problema de saúde e comercial.
“Certamente vamos enfrentar dificuldades e precisaremos ir a ao consumidor”, disse anunciando o início de uma campanha no mercado europeu, desta vez para tentar convencer comerciantes e consumidores de que não há real perigo à saúde do consumidor.
Apesar da situação, o dirigente irlandês não perdeu a oportunidade de alfinetar o Brasil. “O caso aqui pelo menos mostrou que a Europa tem regulação e age rápido”, afirmou. “E isso ilustra o quanto é importante a rotulagem de produtos de carne para dar garantias ao consumidor”.
Nos anos 90, a Irlanda exportava muita carne para o Oriente Médio e Rússia graças aos milionários subsídios dados pela UE. Com a redução das subvenções, o país perdeu esses mercados para o Brasil e se concentrou num nicho de maior preço. A campanha que fez contra o Brasil foi para aumentar sua fatia nesse mercado.
A matéria é de Assis Moreira, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Estes irlandeses foram os que mais criticaram o sistema de rastreabilidade brasileira para os europeus.
Pergunto, onde está o sistema de rastreabilidade deles ,que não impediu, que em todo o processo, evitasse de que o produto chegasse ao consumidor final?
Este negocio de recall, funciona com automoveis, com carne. eu duvido. Ter regulação e agir rápido é evitar e controlar o processo em toda cadeia, não ficar fazendo recall, pois parte desta carne já foi consumida.
Onde estão os embaixadores brasileiros que residem na Europa que não atuam sobre uma notícia dessas para nos ajudar ?
Olhem bem os vossos representates povo brasileiro !
O dirigente irlandes esta corretíssimo quando defende seu produto.
Os dirigentes brasileiros deveriam fazer o mesmo e defender o nosso boi verde e valorizar nosso produto no mercado internacional, desde que as questoes sanitarias estejam resolvidas.