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10 de dezembro de 2008
Mercados Futuros – 11/12/08
12 de dezembro de 2008

Carne contaminada: Irlanda luta para manter mercados

Padraig Walshe se mostrou desconfortável e na defensiva, após os casos de carne contaminada com dioxina na Irlanda. Escândalo que provocou o embargo de mais de 20 países. "Certamente vamos enfrentar dificuldades e precisaremos ir a ao consumidor", disse anunciando o início de uma campanha no mercado europeu, desta vez para tentar convencer comerciantes e consumidores de que não há real perigo à saúde do consumidor.

Padraig Walshe se mostrou desconfortável e na defensiva, após os casos de carne contaminada com dioxina na Irlanda. Escândalo que provocou o embargo de mais de 20 países.

Como presidente da Associação dos Produtores Rurais da Irlanda, Walshe comandou na Europa a campanha contra a carne bovina brasileira, alegando que havia problemas sanitários capazes de ameaçar a saúde humana, e conseguiu que a União Européia restringisse a entrada do produto no bloco.

Numa ação relâmpago, a agencia sanitária européia, a European Food Safety Authority, anunciou ontem que o consumo do suíno irlandês contaminado não representa risco à saúde humana. Walshe admitiu, porém, que o estrago na reputação do produto irlandês é inevitável. A notícia que se propagou foi de que a carne suína tinha níveis de dioxina até 200 vezes maiores que os admitidos na UE, transformando a crise num problema de saúde e comercial.

“Certamente vamos enfrentar dificuldades e precisaremos ir a ao consumidor”, disse anunciando o início de uma campanha no mercado europeu, desta vez para tentar convencer comerciantes e consumidores de que não há real perigo à saúde do consumidor.

Apesar da situação, o dirigente irlandês não perdeu a oportunidade de alfinetar o Brasil. “O caso aqui pelo menos mostrou que a Europa tem regulação e age rápido”, afirmou. “E isso ilustra o quanto é importante a rotulagem de produtos de carne para dar garantias ao consumidor”.

Nos anos 90, a Irlanda exportava muita carne para o Oriente Médio e Rússia graças aos milionários subsídios dados pela UE. Com a redução das subvenções, o país perdeu esses mercados para o Brasil e se concentrou num nicho de maior preço. A campanha que fez contra o Brasil foi para aumentar sua fatia nesse mercado.

A matéria é de Assis Moreira, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Osmar Pereira da Fe disse:

    Estes irlandeses foram os que mais criticaram o sistema de rastreabilidade brasileira para os europeus.

    Pergunto, onde está o sistema de rastreabilidade deles ,que não impediu, que em todo o processo, evitasse de que o produto chegasse ao consumidor final?

    Este negocio de recall, funciona com automoveis, com carne. eu duvido. Ter regulação e agir rápido é evitar e controlar o processo em toda cadeia, não ficar fazendo recall, pois parte desta carne já foi consumida.

  2. Roberto Ferreira da Silva disse:

    Onde estão os embaixadores brasileiros que residem na Europa que não atuam sobre uma notícia dessas para nos ajudar ?

    Olhem bem os vossos representates povo brasileiro !

  3. Mauricio Santos Junqueira disse:

    O dirigente irlandes esta corretíssimo quando defende seu produto.
    Os dirigentes brasileiros deveriam fazer o mesmo e defender o nosso boi verde e valorizar nosso produto no mercado internacional, desde que as questoes sanitarias estejam resolvidas.