Com um rebanho estimado em 20 milhões de cabeças, o quarto maior do país, Goiás participa com cerca de 20% do total de carne bovina exportada pelo Brasil. Anualmente são abatidas de 7 a 8 milhões de cabeças, com produção de 600 mil toneladas de carne. A estimativa é que a cadeia produtiva do setor chegue a movimentar R$ 7,5 bilhões ao ano e gere mais de 20 mil empregos. Com números expressivos, não é para menos que a carne disputa com a soja o primeiro lugar na pauta de exportações do estado.
Com um rebanho estimado em 20 milhões de cabeças, o quarto maior do país, Goiás participa com cerca de 20% do total de carne bovina exportada pelo Brasil. Anualmente são abatidas de 7 a 8 milhões de cabeças, com produção de 600 mil toneladas de carne. A estimativa é que a cadeia produtiva do setor chegue a movimentar R$ 7,5 bilhões ao ano e gere mais de 20 mil empregos. Com números expressivos, não é para menos que a carne disputa com a soja o primeiro lugar na pauta de exportações do estado.
Segundo o secretário de Comércio Exterior do Estado de Goiás, Ovídio de Ângelis, em setembro de 2005 o estado exportou US$ 18 milhões contra US$ 100 milhões em setembro de 2007. Em 1999, quando o governo começou a investir nas vendas externas, a carne movimentou US$ 32,6 milhões em 12 meses. Em 2006 só nos nove primeiros meses deste ano já foram faturados US$ 547,6 milhões com carne bovina.
Segundo reportagem de Adriana Calassa, do Diário da Manhã/GO, entre os principais destinos do produto goiano, destacam-se a Rússia, Itália, Irã, Egito, Holanda, Argélia, Reino Unido, Ilhas Canárias, Espanha e Irlanda.
Ovídio de Ângelis acredita que a qualidade e o nível de sanidade da carne bovina goiana são um diferencial para o produto no mercado internacional. “Além disso, nosso produto tem preço competitivo e logística”, completou.
Um dos motivos para o aumento expressivo este ano é que São Paulo está impedido de exportar e os frigoríficos não estão levando o produto para exportar pela matriz no estado paulista. “Como o estado de São Paulo está impedido de exportar para países da União Européia desde 2006, a comercialização está sendo feita por Goiás”, observou o presidente do Sindicarnes, José Magno Pato. O resultado foi um acréscimo extraordinário nas exportações.
Entretanto, o crescimento das exportações de carne não refletiu no preço pago ao o produtor. O presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás, Márcio Sena, disse que nos últimos três anos o valor pago pela arroba ao produtor rural oscilou entre R$ 50 e R$ 60. Enquanto o custo de produção do animal gira em torno de R$ 50 por arroba para o gado criado em pasto e de R$ 55 a R$ 60 por arroba para o boi confinado.
Os frigoríficos não pagam pelos miúdos, como fígado, rim, coração, bucho e língua. Também vão de graça a cabeça, rabo, sebo, orelhas, patas e couro. “Só o couro é vendido aos curtumes por R$ 96. Outras partes são aproveitadas pelas indústrias de cosméticos, por exemplo. O frigorífico também não paga pela carne com traumatismo e a vende para fabricação de ração animal”, criticou.