Carne e leite podem subir no varejo

O setor supermercadista, tradicionalmente imune a crises, registrou uma queda de 10,8% no faturamento do primeiro semestre, na comparação com mesmo período do ano passado. A retração mais acentuada ocorreu no mês junho, quando houve diminuição de 6,8% em relação ao mês de maio.

Junto à perda no faturamento, o setor apresentou deflação em seu indicador de preços. Passou de uma alta de 1,61% em maio, para uma queda de 0,69% em junho. A variação de preços acumulada no ano de 2003 é de 7,37%.

O segmento de hortifruti puxou a deflação com redução de 8,1% nos preços. O setor de produtos industrializados diminui o ritmo de suas altas, passando de 1,1% em maio para 0,3% em junho. No grupo das carnes e cereais, o arroz teve alta de 3,37%, mas o feijão teve queda de preço de 9,11%, junto com frango, -8,01%, e o pescado, – 4,92%.

Segundo o presidente da Associação Paulista de Supermercados (APAS), Sussumo Honda, as menores cotações do petróleo e do dólar diminuíram as pressões sobre os custos com embalagens e também arrefeceram as altas nos produtos de higiene e limpeza, que tiveram variações entre 0,5% e 1% em junho.

A expectativa da Apas é de que a entressafra de leite traga pressões nos próximos meses. O preço da carne também deve subir, fazendo com que o índice da entidade registre novas altas até o fim do ano.

Já em relação ao faturamento, mesmo com uma perspectiva de melhora de vendas no segundo semestre, o setor não deve obter crescimento. “Um empate com o ano passado já será bom”, diz Honda.

Fonte: Valor On Line, adaptado por Equipe BeefPoint

Os comentários estão encerrados.

Agropecuária CFM aumenta sua presença em Tocantins
15 de julho de 2003
Governo brasileiro quer cooperação de países vizinhos na investigação dos focos de aftosa
17 de julho de 2003