Carne Pampa retorna ao mercado em novembro

Exigência não só do mercado exportador de carne como também norma do governo federal, o processo de certificação de origem bovina poderá ser identificado a partir de exames de DNA. Essa é uma das propostas de reativação do Projeto Carne Pampa, convênio assinado durante a Expointer entre a Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) e o frigorífico Silva, de Santa Maria.

Quem garante é o diretor técnico da indústria, Ivon Silva. “Isso é inédito em termos de Brasil e vai dar garantia ao varejo e ao consumidor de que o produto que está no pacote é o que está no rótulo, com data de abate, controle sanitário, etc”.

Essa tecnologia, explica o diretor do frigorífico, é mais confiável que o brinco, que pode cair, ser trocado ou extraviado. A própria criação do Projeto Carne Pampa já foi marcada pelo pioneirismo, lembra a presidente da ABHB, Greice Martins. “Fomos os primeiros a exportar, para a Suécia, cortes com a marca de uma associação de criadores de raça. “Nosso trabalho, com técnicos atuando tanto nos frigoríficos quanto no varejo, gerou essa credibilidade que se manteve, mesmo após dois anos fora do mercado”, comenta a pecuarista.

Na avaliação de Silva, firmado o acordo com um laboratório e uma rede de supermercados, a carne com marca Pampa deverá estar no mercado, já controlada, a partir do mês de novembro. Os critérios para abate no projeto seguem os mesmos: bovinos das duas raças (Hereford e Braford) com até dois anos de idade e cobertura de gordura acima de dois milímetros. “Assim vamos remunerar melhor o pecuarista, agregar valor à carne e proporcionar ao consumidor uma carne mais saudável, macia e suculenta”, destaca.

Para acompanhar as exigências dos mercados consumidores externo e interno, o frigorífico, com capacidade para abate de 400 cabeças ao dia, está investindo R$ 6 milhões em modernização da planta.

Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint