Luxo. Essa é a única definição de gerentes e proprietários de churrascarias para explicar o preço baixo. São os rodízios populares com ofertas que giram entre R$ 11 e R$ 16,50 e oferecem até 20 tipos de carnes, 30 variedades de salada, 12 pratos quentes e sobremesas incluídas.
Comparando, o preço sai bem mais em conta, já que alguns estabelecimentos chegam a cobrar cerca de R$ 27 pelo rodízio. Carnes nobres como picanha, filé, alcatra, maminha e fraldinha estão incluídas e no cardápio e há a garantia de que o cliente pode repetir quantas vezes quiser qualquer tipo de carne.
Na ponta do lápis, o resultado inicial abre o apetite: se entrar com fome em um rodízio de R$ 11 e comer 16 fatias de picanha, você paga R$ 0,68 por fatia. Isso considerando que só tenha comido picanha, o que nunca acontece. Ao lembrar que há o bufê de saladas e de pratos quentes, essa fatia cai para R$ 0,35 ou menos. Nas prateleiras de um supermercado, o quilo da ”rainha” das carnes vermelhas sai por uma média de R$ 16.
Em Londrina, a Churrascaria Rigo consegue trabalhar com um dos preços mais baixos do mercado: R$ 11 de segunda a sexta-feira. À noite, quando o movimento na casa é menor, o casal janta por R$ 18. Aos sábados e domingos, o preço sobe um pouco: vai para R$ 13 por pessoa e a única diferença é a inclusão do queijo assado e do tender. ”É mais barato porque o nosso público é outro, aqui vem mais a classe média e no centro vai a elite. A carne é igual, todas as churrascarias compram do mesmo fornecedor”, afirma o gerente identificado apenas por Rigo.
Apesar do lucro menor, ele diz que a rentabilidade do restaurante sai do giro de clientes, que é maior. Na casa, os garçons costumam fazer um revezamento de espetos. ”Se não fizermos isso, os garçons só querem servir picanha porque aí a caixinha é maior”, comenta.
Opções
Além das churrascarias com preços mais populares, Londrina ainda tem churrascarias com preços intermediários. Dois estabelecimentos, Chimarrão e Limozini, localizados na mesma avenida na zona oeste cobram R$ 13,50 e R$ 16, respectivamente, pelo rodízio no almoço. Os dois estabelecimentos afirmam que servem todas as carnes nobres e variedade de pratos quentes e saladas.
Segundo o gerente-geral da Churrascaria Limozini, Roque Ongaratto, o que mantém o preço é o giro, uma vez que a casa tem um bom movimento. ”Sirvo cerca de 400 refeições por dia, entre almoço e jantar e, além das carnes, o meu diferencial é o atendimento”, afirma. Como o preço para o jantar é menor, R$ 12 para mulheres e R$ 13 para homens, ele diz que consegue atingir público diversificado, das classes A, B e C.
Já a Churrascaria Chimarrão cobra R$ 13,50 pelo rodízio no almoço de segunda a sábado. No jantar, o preço cai para R$ 11,50. Já aos domingos e feriados, o valor sobe para R$ 16,50. ”Aos domingos e feriados o preço é maior porque temos que pagar hora extra para os funcionários, além de contratar mais funcionários”, justifica o gerente Dorlei Chieza.
”Acredito que um conjunto de fatores somados chega a um bom resultado. Não temos um único diferencial”, comentou. Segundo ele, o restaurante está certificado pelo Programa Alimento Seguro (PAS), desenvolvido pelo Sebrae, e conta com câmaras frigoríficas para garantir a conservação dos alimentos.
Fonte: Folha de Londrina/PR (por Fernanda Mazzini), adaptado por Equipe BeefPoint