No final do Seminário Interamericano de Saúde Pública, realizado em Uberaba, o Grupo Interamericano para Erradicação da Febre Aftosa (Giefa), divulgou uma carta de intenções recomendando parcerias entre os governos e as organizações do setor produtivo para agir no controle das zoonoses.
O presidente do Giefa, Sebastião Guedes, afirmou que US$ 10 milhões/ano, investidos em projetos direcionados aos “pontos quentes” da febre aftosa na América do Sul, são suficientes para erradicar de vez a doença no continente no prazo de cinco anos.
Segundo ele, o governo e a iniciativa privada gastam juntos quase US$ 500 milhões/ano no combate à aftosa. “Com muito menos que isso podemos acabar com esta doença medieval, que a cada novo foco causa sérios prejuízos aos países da América do Sul”, ressaltou.
Os US$ 10 milhões/ano seriam gastos em ações práticas nas áreas críticas visando à formação de um bom cadastro das fazendas localizadas nos “ninhos” do vírus, ao apoio à cobertura vacinal do rebanho, à fiscalização da vacinação e à realização de levantamentos sorológicos.
De acordo com a representante do BID, Adriana Delgado, a falta de coordenação entre os países do continente e também entre os setores público e privado é o principal entrave para o combate à doença. “O BID reconhece que a eliminação da aftosa depende de uma ação integrada e está disposto a apoiar todas as campanhas sanitárias e projetos com este objetivo”, disse em reportagem do Estadão/Agronegócios.