O ex-ministro da Agricultura e presidente da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), Marcus Vinicius Pratini de Moraes, descartou ontem, em Roma (Itália), a existência de cartel no setor de exportações. Pratini rebateu a afirmação do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, para quem há "cartel e monopólio" no setor. Para Pratini, "há muita desinformação nesse debate, que pode ter reflexos no exterior e trazer prejuízos ao país".
O ex-ministro da Agricultura e presidente da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), Marcus Vinicius Pratini de Moraes, descartou ontem, em Roma (Itália), a existência de cartel no setor de exportações.
Pratini rebateu a afirmação do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, para quem há “cartel e monopólio” no setor. Para Pratini, “há muita desinformação nesse debate, que pode ter reflexos no exterior e trazer prejuízos ao país”.
Há quatro anos à frente da Abiec, Pratini diz que nunca recebeu um só pedido de frigorífico para intervir nessas questões de exportações. A aprovação dos frigoríficos, diz o ex-ministro, não depende da Abiec, mas é dada pelos países importadores.
A Abiec promoveu um churrasco na Embaixada do Brasil em Roma para mostrar a carne brasileira a importadores, redes de distribuição e bancos. “Não queremos inundar o mercado europeu com carne brasileira, mas apenas participar desse mercado com regras claras e definidas”.
As informações são da Coluna Vaivém das commodities, de Mauro Zafalon, do jornal Folha de SP.
0 Comments
O pecuarista brasileiro deveria tomar a mesma atitude da Abiec, não inundar o mercado com bois, apenas participar e impor as regras. Será que o Sr Pratini de Moraes está preocupado com a situação do pecuarista? Se ele tem o poder de não inundar o mercado europeu com carne, ele acaba de assinar que o Sr Stephanes tem razão, existe realmente cartel e monopólio no setor.
Onde estão nossos representantes para fazer o Sr Pratini engolir esta frase. Nós com a corda no pescoço, doidos para vender boi, e o Sr Pratini de Moraes segurando o mercado europeu, e impondo no Brasil regras escuras e sem definição. Não podemos aceitar este tipo de conversa sem tomar nenhuma atitude, o nosso governador André Puccineli não merece ter homens deste naipe ao seu lado, o Mato Grosso do Sul está pronto não só para inundar a Europa, mas o mundo todo com carne. O que nós mais queremos e precisamos é vender, será que a Coca Cola, McDonalds não vão querer levar o Sr Pratini de Moraes como garoto propaganda deles?
Era só o que faltava, esta doeu.
Sem dúvida nenhuma, uma declaração como essa pode trazer prejuízos para o país. Entretanto, tais prejuízos não serão piores do que aqueles que já vem sendo suportados pelos pecuaristas brasileiros. Prejuízo este, que nos vem sendo imposto pela ganância dos membros deste cartel. Caso esta declaração seja acompanhada duma investigação séria, provavelmente encontrará os indícios necessários para configurar o cartel.
Se não existe cartel me expliquem esta na última revista Veja pg 77 “6kg de carne em 2003 = R$ 47,04, 6Kg de carne hoje = R$ 54,9.
Se arroba do boi em 2003 tinha um valor superior ao de hoje?
Deveríamos coloca-lo para custear a engorda de um boi e depois negociar com frigoríficos nos preços que eles nos impõem.
Decididamente, se eu fosse da Coca-Cola ou do McDonalds não o contrataria.
Realmente, declarações como a do ex-ministro, chocam a classe produtora, vivendo uma de suas piores crises, assistindo recordes atrás de recordes no volume e no preço das exportações; e dentro da porteira recebendo migalhas pela arroba produzida.
Infeliz a observação do nosso ex-ministro da Agricultura, de quem admirei o trabalho conduzido nessa pasta quando no governo FHC. Nos fortalecendo no mercado externo como produtores não só de quantidade de carne mas também de carne de qualidade.
Fico a pensar que sua preocupação agora não seja que, com esse debate, os importadores da Europa tomem conhecimento dos preços praticados pelos frigoríficos daqui e com isso também passem a pressionar para baixo o valor da carne exportada. Isso seria os frigoríficos provando na pele o que o produtor já sente.
Sr Normann, com todo o respeito, gostaria de saber qual o cargo do Sr Pratini de Moraes no MS, já que o nosso estado não está exportando.
Um abraço