O problema da doença da “vaca louca”, ou Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), está diminuindo na maioria dos 15 países da União Européia (UE), informaram representantes do bloco ontem (22).
Em relatório aos ministros da Agricultura dos países membros, a Comissão Européia (CE) disse que esses resultados foram baseados em 4,1 milhões de testes realizados em gado, nos primeiros cinco meses de 2003. Os testes abrangeram aproximadamente 10% de todo o gado bovino da UE.
A comissão divulgou 591 casos positivos de EEB de janeiro a maio, abaixo dos 603 no mesmo período do ano anterior. Segundo o relatório, “a doença declina na maior parte dos países membros”.
A Irlanda anunciou um total de 100 casos positivos nos primeiros cinco meses do ano, em comparação com 150 no mesmo período do ano passado. A França registrou um recuo para 67 casos, frente aos 113 anteriores, a Itália apresentou 14, ante os 16 em 2002, e a Holanda oito, abaixo dos dez anteriores.
Na Grécia, Luxemburgo, Áustria, Finlândia e Suécia não houve casos positivos da doença entre janeiro e maio de 2003 e 2002.
O Reino Unido, afetado pela doença nos últimos dez anos, continuou com o maior número de casos positivos, com 260 para os primeiros cinco meses do ano, em comparação com 156 no mesmo período do ano anterior. Entretanto, os britânicos realizaram mais testes em 2003: 198.143, contra 122.801 no ano passado.
A Espanha divulgou 70 casos positivos de EEB, em relação a 54 em 2002, e Portugal 53, ante 33 anteriores. A Dinamarca anunciou dois casos positivos da doença nos primeiros cinco meses de 2003 e nenhum no ano passado.
Em todo o ano de 2002, foram realizados 10,4 milhões de testes obrigatórios e confirmados 2.126 casos de vaca louca. Esses testes fazem parte dos procedimentos para os certificados de animais destinados ao consumo humano.
O medo do mal da “vaca louca” e de sua variante humana, a doença de Creutzfeldt-Jakob, que ataca o cérebro das pessoas, espalhou-se pela Europa desde a descoberta de casos no continente, em 2000. Cerca de 80 pessoas morreram vítimas da doença, a maioria na Grã-Bretanha, país da UE afetado pelo pior surto do mal, durante os anos 90.
Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint