Cássio Rodrigues, da Exagro, esclarece dúvidas sobre como realizar avaliações de propriedades em um sistema de benchmarking

8 de junho de 2011

Em comentário ao editorial, escrito por Miguel da Rocha Cavalcanti, "Desafio: não vamos mais falar de UA/ha", o leitor do BeefPoint, Alexandre Foroni, lembrou que é preciso padronizar as formas de calcular índices como Receita líquida/ha. Ele fez alguns questionamentos - que foram respondidos por Cássio Rodrigues, da Exagro - que nos ajudam a entender um pouco mais essa forma de avaliação que está sendo proposta e permite que fazendas e sistemas diferentes sejam analisados a partir de um mesmo padrão.

Em comentário ao editorial, escrito por Miguel da Rocha Cavalcanti, “Desafio: não vamos mais falar de UA/ha“, o leitor do BeefPoint, Alexandre Foroni, lembrou que é preciso padronizar as formas de calcular índices como Receita líquida/ha. Ele fez alguns questionamentos – que foram respondidos por Cássio Rodrigues, da Exagro – que nos ajudam a entender um pouco mais essa forma de avaliação que está sendo proposta e permite que fazendas e sistemas diferentes sejam analisados a partir de um mesmo padrão. Confira abaixo está troca de nformações bastante interessante e enriquecedora:

Alexandre Foroni: Como foi determinado o “valor da arroba boi (R$/@)”?

Cássio Rodrigues: Esta é a média ponderada do valor recebido pelas vendas de macho da fazenda durante o ano.

Alexandre Foroni: Por que todo o estoque é convertido em arroba de boi?

Cássio Rodrigues: Como existem fazendas que produzem e vendem as mais variadas categorias, para comparar as fazendas padronizamos todas as indexações em arroba de boi, assim fica tudo na mesma base. Todos os cálculos que envolvem arroba são em arrobas convertidas para arroba de boi. A mesma coisa é feita com a venda e a compra.

Alexandre Foroni: Como é calculado o “retorno/capital em gado e máquinas”?

Cássio Rodrigues: Para chegar ao patrimônio da pecuária (rebanho e máquinas), consideramos o valor de vendas de máquinas no início do ano e somamos o estoque médio de arrobas convertidas para arroba de boi, multiplicado pelo valor médio de venda da arroba de boi no ano – o mesmo valor apurado na primeira pergunta.

Alexandre Foroni: Quando há uma valorização ou desvalorização da arroba no decorrer do ano, como vcs analisam isso no resultado da empresa?

Cássio Rodrigues: Não consideramos a variação de preço como resultado, seja somando (caso a arroba suba) ou diminuindo (caso a arroba caia), pois este fator não depende da fazenda, por isto avaliamos pelo preço médio de venda, que é um indicador que pode ser medido na fazenda. Em anos em que a arroba sofre forte variação, como 2010, esta dúvida aparece, mas já fizemos várias avaliações comparando os resultados de fazendas em vários anos seguidos e se usarmos sempre o mesmo critério não há diferença quando acumulamos os resultados de vários anos.

Nos fechamentos das fazendas, os clientes às vezes pedem para fazer ajustes no formato, fecham por metodologia contábil, inserem o valor da terra na avaliação ou outras particularidades que cada um solicita. Porém para fazer a comparação dos resultados pegamos os dados coletados de cada fazenda e refazemos os fechamentos de todos dentro da mesma metodologia.

Estaremos com estande na Feicorte, caso você passe por lá faça-nos uma visita que será um prazer conversarmos pessoalmente.

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