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Ceará espera imunizar mais de 80% de seu rebanho

A campanha de vacinação contra a febre aftosa no Ceará, que prevê imunizar 80% do rebanho, no mínimo, ou 1.754.394 cabeças, entre bovinos e bubalinos, começa hoje em todo o estado e segue até 15 de abril.

“Vamos contar este ano com melhor estrutura no cadastro e no tráfego de animais”, assinala o consultor no Ceará e Alagoas para assuntos de febre aftosa, José Alberto da Silva Lira. Está prevista uma vigilância com barreiras fixas e móveis em pontos estratégicos, fiscalização em eventos promocionais agropecuários como exposições, feiras e leilões, programa de educação sanitária, equipes de emergência para assistência oportuna às propriedades atacadas, além da criação dos comitês municipais, envolvendo a proposta de gestão compartilhada com a comunidade e programação de treinamento.

“Não se combate a febre aftosa no horário comercial”, afirma Lira, que não descarta a prorrogação de até 30 dias no prazo estabelecido para a primeira etapa, caso a chuva não diminua.

Desde 11 de abril de 1997, o Ceará não registra casos de aftosa e está enquadrado em “zona de risco desconhecido”, na classificação estabelecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Lira disse que o empenho dos criadores é importante para garantir a classificação de zona livre da doença com vacinação, até maio de 2005. A equipe definida para o trabalho envolve 261 técnicos e recursos do governo do estado e Mapa, da ordem de R$ 2,5 milhões, que devem ser aplicados nas duas etapas.

Empenhado na erradicação da aftosa, o governo estadual planeja criar a Agência de Defesa Agropecuária para ações de sanidade, fitossanidade, inspeção higiênica, sanitária e tecnológica dos alimentos destinados ao consumo humano. O projeto, orçado em R$ 3 milhões, será encaminhado à Assembléia Legislativa em 30 dias.

Como área de risco desconhecido, os produtores cearenses só fazem negócios no Norte e Nordeste. Bahia e Sergipe, classificadas como áreas livres de aftosa com vacinação, não entram na rota de negócios.

Fonte: Gazeta Mercantil (por Adriana Thomasi), adaptado por Equipe BeefPoint

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