O mercado de boi gordo manteve, em abril, a trajetória de elevação dos preços. Em 28 de abril, o Indicador de Preço Disponível do Boi Gordo Esalq/BM&F estava cotado a R$77,23/arroba, o que significava elevação de 0,30%, comparado ao início do mês. Deve-se notar que houve diminuição do percentual de incremento dos preços, quando se compara o final com o inicio do mês. Em janeiro, este diferencial foi de 3,71%; em fevereiro, de 2,39%; em março, de 1,68%; e em abril de 0,30%.
O mercado de boi gordo manteve, em abril, a trajetória de elevação dos preços. Em 28 de abril, o Indicador de Preço Disponível do Boi Gordo Esalq/BM&F estava cotado a R$77,23/arroba, o que significava elevação de 0,30%, comparado ao início do mês. Deve-se notar que houve diminuição do percentual de incremento dos preços, quando se compara o final com o inicio do mês. Em janeiro, este diferencial foi de 3,71%; em fevereiro, de 2,39%; em março, de 1,68%; e em abril de 0,30%.
Neste sentido, os preços seguiram a trajetória de alta, o que evidenciou o cenário restrito de oferta. No entanto, a diminuição do percentual, à medida que se avança para os meses mais intensos da safra, refletiu ajustamento da oferta, que não foi suficiente para reverter a trajetória dos preços, como ocorreu nos anos anteriores.
O vencimento maio/08, considerado o pico da safra, indicou para 28 de abril preço de R$77,07/arroba, apresentando diferencial negativo em relação ao preço físico de 0,21%. O Gráfico 1 traz a evolução deste diferencial em relação ao preço à vista desde o começo do ano. Note que o diferencial esteve negativo na maior parte do período, refletindo a expectativa dos agentes, naquele momento, sobre o aumento da oferta para o pico da safra. À medida que se aproximou o mês de maio, as expectativas foram sendo reavaliadas e o diferencial comportou-se próximo a zero, mostrando que os agentes esperam pela continuidade das restrições da oferta, mas que a mesma poderá crescer.
A oferta para o segundo semestre, na entressafra, época em que o confinamento tem um papel importante no ajustamento do mercado, dependerá da avaliação dos agentes sobre a perspectiva de lucro para a atividade. Tal perspectiva é influenciada pelo preço de venda do boi, que, para o vencimento outubro/08, foi negociado na BM&F em 28 de abril a R$84,69/arroba. Outro fator decisivo é o custo dos insumos, que tem apresentado incrementos, como é o caso do milho e dos suplementos minerais.
No período de um ano, os suplementos minerais para bovinos subiram, em média, cerca de 80%. Um estudo realizado pelo Cepea/Esalq mostrou que o maior responsável pelo encarecimento deste insumo em janeiro foi o ácido fosfórico, que é matéria prima do fosfato bicálcico que compõe o sal mineral.
Em 24 de abril, no mercado atacadista, o preço do dianteiro aumentou R$0,30/kg, fechando em R$4,10/kg; o traseiro sofreu redução de R$0,20/kg (R$5,20/kg); a carcaça casada se manteve estável (R$4,57/kg); e a ponta de agulha subiu R$0,40/kg (R$3,70/kg).
Em março, o mercado de boi gordo da BM&F negociou 74.701 contratos de futuros e opções, registrando um crescimento de 105% em relação ao mesmo período de 2007. O primeiro trimestre de 2008 acumulou 280.486 contratos, ultrapassando o volume negociado no primeiro semestre de 2007, que foi de 279.251 contratos.
Um indicador importante do interesse dos agentes pela fixação antecipada dos preços e pelos mecanismos de redução do risco de preço são as posições em aberto. No último dia útil de março, havia 36.996 contratos futuros de boi gordo em aberto, equivalentes a 740 mil cabeças de boi. No mesmo período de 2007, este número era de 22.597 ou 451 mil cabeças. O Gráfico 2 traz a evolução das posições em aberto nos anos de 2006, 2007 e 2008. Note que ao longo de 2008 as posições em aberto apresentam-se maiores que nos anos anteriores.
Para operar os contratos de boi gordo e garantir também o custo do milho procure uma corretora membro da BM&F no www.bmf.com.br.
Gráfico 1. Diferencial de preços do vencimento maio/08 em relação ao preço à vista