A demanda externa pelas carnes brasileiras, em especial a bovina, continuará forte no último trimestre de 2022, projeta o BTG Pactual, em relatório. Segundo o banco, o cenário global favorece mais os pecuaristas brasileiros do que os americanos, cujas margens diminuíram no terceiro trimestre.
Thiago Duarte e Henrique Brustolin, analistas do BTG que assinam o relatório, dizem que as margens das proteínas de boi e de aves aumentaram no terceiro trimestre, a despeito de uma tendência de “normalização”. “A carne suína também continua se recuperando bem de suas baixas”, afirmam.
Nesse contexto, o banco reiterou a indicação de compra para ações da JBS, maior empresa de carnes do mundo. Para a Marfrig, que exporta mais ao mercado americano, a recomendação continuou a ser neutra.
“A oferta de gado deve diminuir ainda mais em 2023, o que significa que o espaço para surpresas positivas nos lucros parece muito mais limitado agora que o super ciclo do gado dos EUA mostra sinais de fadiga”, ponderam.
Para a BRF, de aves e suínos, a indicação é neutra. Segundo os analistas, há risco de o desempenho da companhia no terceiro trimestre não ter sido tão forte quanto o BTG esperava.
Fonte: Valor Econômico.