A tendência de elevação de consumo de proteína animal e o cenário de valorização da carne bovina em âmbito global indicam um prognóstico positivo para o pecuarista. Ainda que a recomposição do rebanho ao ponto de atender o crescimento da demanda demore três ou quatro anos, a tendência de mercado firme e sem oscilações sugere um período no qual o produtor poderá compensar os baixos resultados acumulados nos últimos anos.
A tendência de elevação de consumo de proteína animal e o cenário de valorização da carne bovina em âmbito global indicam um prognóstico positivo para o pecuarista. Ainda que a recomposição do rebanho ao ponto de atender o crescimento da demanda demore três ou quatro anos, a tendência de mercado firme e sem oscilações sugere um período no qual o produtor poderá compensar os baixos resultados acumulados nos últimos anos. A avaliação é da assessora técnica de pecuária da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Adriana Mascarenhas, a partir da valorização da arroba do boi.
Maior preço nominal desde a criação do indicador, o valor da arroba é impulsionado por um conjunto de fatores que fizeram o gado se tornar escasso, tais como a forte estiagem dos últimos meses. Paralelamente, o consumo interno se mantém em ascensão e a demanda externa demonstra que vai continuar crescendo. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, demonstram que o volume de carne in natura exportado no acumulado deste ano é 10% superior ao do mesmo período do ano passado.
A Argentina, que junto com o Brasil é um dos maiores exportadores mundiais de proteína animal, viu a carne dobrar de preço nos últimos meses. “No Brasil, nós saímos do pior para o melhor preço da arroba dos últimos 50 anos”, enfatiza o presidente do Fórum Permanente da Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira.
Obedecendo a ciclos históricos com picos distintos de oferta e de preço, a pecuária nacional – não só a bovina, mas a suína e de aves também – vive a perspectiva de recuperação, ainda que a alta nos preços também interfiram no ritmo de reposição do rebanho. “Não só o valor da arroba, mas os custos de produção e a reposição de bezerros também estão altos”, alega Nogueira. Para o dirigente, se o mercado continuar aquecido, a reposição do rebanho talvez exija um fôlego que o pecuarista não tem.
Congresso da Carne – É nesse cenário que a Famasul organiza o Congresso Mundial da Carne, que pela primeira vez será realizado em Mato Grosso do Sul. O evento vai reunir em Campo Grande, em junho de 2011, representantes de todos os elos da cadeia produtiva e de comercialização da carne em âmbito internacional. Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Eduardo Riedel, a realização do Congresso será uma oportunidade de evidenciar ao mercado externo a eficácia do sistema produtivo da pecuária nacional.
As informações são da Famasul, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Bom, Cenario totalmente Favoravel, para nos Produtores.
Depois de Varias estações, e quantos Anos Arroxado so Levando tinta, e Produtores desestimulados com uma minima margem de lucro e retorno financeiro em todo o capital investido, tanto o pequeno quanto o grande fazendeiro ficou descapitalizado.
Da ate para respirar um pouco Aliviado, mas sempre preocupando com os altos custos de produção.
Atenciosamente!!!
Clovis Resende
Zootecnista
62 3235-40 41/ 8413-2722
clovisresende@agrocria.com.br
O preço tá bom. O que preocupa é a legislação ambiental e trabalhista e a morosidade de orgãos do governo, como o incra, para processos de georreferenciamento.
VEJO A CARNE BOVINA COMO UM GRANDE CONSUMIDOR DE ÁGUA. PARTINDO DO PONTO DE VISTA QUE UM BOI DEMORA 4 ANOS PARA SER ABATIDO INCLUINDO A GESTAÇÃO EM UMA CONTA SIMPLISTA DARIAM 1500 DIAS E COM CONSUMO DE 30 LITROS DE ÁGUA DIÁRIO MÉDIO TERIAMOS UMA DEMANDA DE 45000 LITROS DE ÁGUA DE BEBIDA (FORA A AGUA NECESSÁRIA PARA PRODUÇÃO DO SEU ALIMENTO).
CONSIDERANDO UM BOI DE 450 KGS COM RENDIMENTO DE 50%, TENDO AINDA QUE TIRAR O OSSO MAS VAMOS DEIXAR DE LADO, TEMOS QUE PARA CADA KG DE CARNE ESTAMOS CONSUMINDO APROXIMADAMENTE 200 LITROS DE ÁGUA. NÃO É QUALQUER PAÍS QUE TEM UMA FARTURA DESSAS DE ÁGUA. LOGO VEJO QUE ESSA PROTEINA É MUITO BARATA O QUE TEMOS NO BRASIL É MUITA FARTURA DE ÁGUA.
Mesmo com o alto custo de reposição do rebanho, o que dá uma falsa idéia de que o pecuarista deve pluralizar suas atividades dentro da fazenda (da cria à engorda), como feito pelos primórdios, nos parece que a viabilidade financeira da atividade, à curto prazo, é uma necessidade e tende cada vez mais para a especialidade… A adoção de uma nova postura, uma repaginação na maneira de pensar e agir do pecuarista é via de regra para quem pretende se EFETIVAR NA ATIVIDADE. Não vamos inventar a roda, até porquê as tecnologias estão aí ao nosso dispor e “de graça”. Manejo adequado de solo e água, melhoramento de pastagens, adoção de forrageiras de alto teor proteíco, genética apurada, manejo adequado e tecnificado e constante atualização e conhecimento do pecuarista sobre mercados e tendências (saber comprar e saber vender), dão mostras de que o pecuarista deve profissionalizar-se de vez por todas. Os efeitos hoje são instantâneos, tanto pra melhor como para pior, portanto, é a informação, também instantânea, que devem se pautar as decisões. Otimizar os fatores e os recursos (capital, terra, trabalho, pessoas, tecnologia e informação) mais do que nunca é chave para o sucesso de qualquer atividade. Mais ainda para a pecuária, onde, numa visão pretérita não muito distante, tinha-se como uma atividade de médio e longo prazo…. è eminente a necessidade de evoluir esse paradgma, ou seja, transformar e intensificar a atividade com retorno cada vez mais à curto prazo… até mesmo pela crescente e constante demanda mundial de alimentos. Quero entender que, evitar ficar refém das oscilações e os desequilíbrios tradicionais da oferta e da demanda nos darão um porto mais seguro para a atividade pecuária. Os efeitos danosos dessa histórica inconstância colocaram o pecuarista na berlinda, dado o alto custo para o seu reestabelecimento. É exageradamente oneroso reerguer-se na atividade. A gangorra da oferta e demanda tem levado muita gente a quebradeira. O que parece obvio e lógico, na prática é uma forma alquímica de “receita de bolo”: Melhor ganhar menos, mas ganhar sempre do que ganhar bem lá de vez enquando…. tem que ter mão e jeito…