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Cepea: altas continuam limitadas por resistência compradora

As ofertas de gado de confinamento diminuíram, sobretudo nas praças que fazem divisas com o estado de São Paulo, onde o volume de animais engordados neste sistema é maior. Ainda assim, os frigoríficos continuam cautelosos no momento da compra, tentando evitar grandes reajustes.

Nos últimos dias, a chuva trouxe aos compradores a expectativa de que pudesse ocorrer um aumento pontual da oferta, já que as precipitações tendem a dificultar a manutenção dos animais no confinamento. Além disso, o fato de os preços da arroba não estarem aumentando em grandes escalas também poderia estimular algumas vendas.

Ainda que haja toda essa especulação, a maioria dos vendedores não se mostra disposta a negociar. Muitos chegam a usar como argumento a teórica situação em que a chuva permite manter o gado por mais tempo nas pastagens – contudo, sabe-se que o volume de animais a pasto prontos para abate é muito pequeno. Esse comportamento demonstra clara insatisfação com os preços atuais, bastante inferiores aos esperados para esta entressafra.

Nesse cenário, a restrição de oferta continua justificando a continuidade dos aumentos, mas somente em pequena escala. O Indicador do Boi Gordo Esalq/BMF fechou em R$ 61,66, terça-feira, 16 de novembro, com ligeira alta de 0,41% em relação ao dia 10. No mês, o acumulado é de apenas 1,5%.

É importante considerar que, diferente da comercialização de machos para o abate, a procura pela fêmea seguiu firme na maioria das praças pesquisadas e, como o volume desse animal pronto para abate é pequeno, reajustes consideráveis de preços estão sendo registrados em praticamente todas as regiões.

Fonte:Cepea, adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Marcelo Aguiar Fasano disse:

    Não adianta nada o produtor ir atrás da alta produtividade e da qualidade de sua carne se a política de compra dos frigoríficos é esmagadora, prova disso é o que nós estamos vivenciando hoje no mercado.

    Queria ter um subsídio iqual aos americanos para o produtor brasileiro ter algum poder de força no mercado da lei oferta e procura.

    Se nós ou alguém (Governo) não tomar nenhuma atitude vamos vender nossas terrras e gado para os frigoríficos e com isso eles viverão felizes para sempre.

    E nós seremos apenas lembranças.