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Cepea: Demanda por carne se retrai diante de preços recordes

Os preços da carne bovina com osso caíram nos últimos dias no atacado da Grande São Paulo, interrompendo a sequência de altas iniciada no final de março. Os preços, que em geral aumentam nessa época do mês, já estão em patamar recorde, o que pode levar a certa retração do consumo.

Com esse arrefecimento da demanda varejista e atacadista, alguns frigoríficos estariam com estoques relativamente elevados. Além disso, as quedas nas cotações das carnes de frango e suína tendem a atrair o consumidor para essas proteínas. A expectativa é que, com a proximidade do Dia das Mães, as vendas de carne bovina voltem a se aquecer, pelo menos pontualmente.

Entre 20 e 28 de abril, a carcaça casada bovina se desvalorizou 1,1% no atacado da Grande São Paulo, com o quilo na média de R$ 9,58 nessa terça-feira, 28. Para o traseiro, a baixa foi de 1,5%, indo para R$ 11,03/kg. No mesmo intervalo, o dianteiro e a ponta de agulha registraram recuos de 0,5% e 0,7%, com as médias passando para, respectivos, R$ 8,32/kg e R$ 8,04/kg, na terça.

Apesar das recentes quedas, as cotações da carne bovina com osso acumulam alta em abril, refletindo a baixa oferta de animais para abate. O aumento das exportações também influencia a valorização mensal da carne no atacado nacional. No acumulado de 16 dias úteis do mês, o volume médio diário embarcado foi de 4,4 mil toneladas, acima das 3,7 mil toneladas diárias exportadas em março e um pouco abaixo das 4,6 mil toneladas de abril do ano passado – dados Secex.

Dados do Cepea mostram que, para a carne com osso, as maiores valorizações na parcial de abril (até o dia 28) são observadas para os cortes mais baratos. O dianteiro acumula alta de 13% e a ponta de agulha, de 12% no atacado da Grande SP. Quanto ao traseiro, o aumento no preço se limita a 0,7% na parcial do mês. Como resultado, a carcaça casada de boi se valoriza 5,7% no balanço do mês.

No mercado de carne bovina sem osso, os preços dos cortes (resfriados) tanto do traseiro como do dianteiro pesquisados pelo Cepea também acumulam variação positiva em abril, no atacado da Grande São Paulo. Nessa terça-feira, o quilo do contrafilé foi negociado a R$ 17,25, alta de 2,8% na parcial do mês. Os valores do coxão duro e do coxão mole subiram 10,5% e 9,6%, respectivamente, na parcial do mês, a R$ 13,66/kg e R$ 14,56/kg na terça. A picanha se valorizou 1,9%, na média de R$ 30,44/kg.

Entre os cortes do dianteiro, o quilo do acém e o peito foram cotados a R$ 11,64 e a R$ 11,50, nesta ordem, o que representa fortes valorizações de 16,8% e de 16,2%, respectivamente. Para a paleta, a alta foi de 14,8%, com o quilo comercializado a R$ 12,61 na terça – todos no atacado da Grande SP.

No varejo, pesquisa do Instituto de Economia Agrícola (IEA) para a cidade de São Paulo aponta que o peito (corte do dianteiro bovino) se desvalorizou 0,8% de fevereiro para março (últimos dados disponíveis), comercializado na média de R$ 14,06/kg. Para a picanha, o recuo foi maior, de 7,6%, a R$ 37,75/kg. Já para o contrafilé, houve pequena alta de 0,7%, com a média passando para R$ 27.

Fonte: Agência Estado, adaptada pela Equipe BeefPoint.

1 Comment

  1. MARLICE V ANDRADE disse:

    \boa tarde,
    È muito bom seus comentários sobre preço da carne bovina e tb das outras porque elas se influenciam como acontece esses dias.
    estou sempre lendo seus e-mails são todos muito proveitosos, parabéns pelo seu trabalho em favor da classe produtora.
    abraço

    Marlice