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Cepea divulga relações de troca para SP

O Cepea divulgou ontem as relações de troca para alguns dos insumos utilizados na pecuária corte brasileira.

A pequena queda de 0,08% no valor da arroba do boi gordo e a valorização de 3,5% do sal mineral de maio para junho resultaram na perda do poder de compra do produtor em 3,57%. Com relação ao mesmo período do ano anterior, a queda foi de 11,54%. Em junho de 2004 para adquirir um saco de sal mineral despendia-se 0,52 arroba e, em junho de 2005, para a mesma compra, foi necessária 0,58 arroba. O sal mineral representa cerca de 15% do custo total.

Relação de troca: @ por saco de sal mineral


O preço do calcário tem sofrido quedas consecutivas e em proporção superior às reduções do preço da arroba. Este insumo é um dos poucos que tem favorecido a relação de troca do produtor de boi.

Nos últimos 12 meses, acumulou queda de 31,4%, enquanto o boi recuou 11,4%; só de maio para junho, o preço do calcário caiu 8,6%. No período de um ano, o aumento do poder de compra do pecuarista foi de 22,6% e, de um mês para outro, de 8,5%.

Alguns comerciantes atribuem essas reduções à diminuição da procura, resultante do patamar relativamente baixo de muitos produtos agropecuários que inibe investimentos. Para o pecuarista, a aquisição de uma tonelada de calcário, em junho do ano passado, requeria 0,59 arroba e, neste ano, apenas 0,46.

A pequena queda de preço do óleo diesel de 0,62% de maio para junho teve impacto pouco expressivo no poder de compra do pecuarista. Ao invés de 6,13 arrobas despendidas em maio para a aquisição de 200 litros do combustível, em junho, bastaram 6,10 arrobas, melhora de 0,54%.

Já em relação aos últimos 12 meses, o saldo é contrário. De junho de 2004 para este, o insumo teve uma valorização de 9,04%, ao passo que o boi caiu 11,4%, reduzindo em 23,08% o poder de compra. Para o mesmo período nos últimos quatro anos, em 2005 o pecuarista teve sua pior relação de troca com esse insumo.

Relação de troca: @ por 200l de óleo diesel


A desvalorização maior do bezerro que do boi favorece a relação de troca do invernista, mas não deve ser encarada, como um indicativo favorável à pecuária nacional. Em junho, o invernista precisou de 6,84 arrobas de boi para comprar um bezerro de 8 a 12 meses, nelore, uma melhora de 1,18%. Em maio, a troca se dava por 6,92 arrobas e em junho do ano passado, por 6,42, o que significa, então, uma perda de 6,49% para o invernista. Nos últimos 12 meses, o boi desvalorizou 11,41% e o bezerro, 5,65%.

Relação de troca: @ por bezerro


Fonte: Cepea, adaptado por Equipe BeefPoint

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