Estimativas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, apontam que, em 2015, o agronegócio pode crescer 2,8%. Para 2014, o Cepea revisou para baixo a expectativa de crescimento; pesquisadores esperam, no muito, 2,6%.
A obtenção de crescimento ao redor de 2,8% vai requerer que o agronegócio continue explorando seus ganhos de produtividade, sem depender apenas de impulsos da demanda. Dentro do País, o setor vai encontrar em 2015 um mercado interno estagnado ou em fraca expansão na melhor das hipóteses, resultado do provável aumento do desemprego e de desaceleração dos salários.
No mercado externo, perspectivas de menor liquidez e maiores juros internacionais indicam dólar mais valorizado e preços de commodities menores.
Uma desvalorização do Real ajudaria o agronegócio, ao mesmo tempo em que dificultaria o controle da inflação. Já a tendência de queda dos preços do petróleo, além de contribuir para uma taxa menor de inflação, pode favorecer o agronegócio, uma vez que o óleo diesel e outros agroquímicos produzidos a partir do petróleo tenderão a se tornar mais baratos. Contudo, seria prejudicada a perspectiva da produção nacional de petróleo.
Ao tratar da produção, a equipe Cepea destaca o impacto, cada vez mais frequente, dos eventos climáticos extremos no Brasil e em outros grandes produtores agropecuários – com impactos inter-relacionados. Diante disso, os pesquisadores destacam a importância de se reforçar a política agrícola voltada para o financiamento e o seguro da renda agrícola.
Fonte: Cepea, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.