Na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea, vem sendo verificada forte dispersão entre os preços mínimo e máximo. Há um mês, a maior diferença entre os valores mínimo e máximo de uma determinada região estava em R$ 4,00 e, nessa terça-feira, 28, a diferença passou dos R$ 5,00 em algumas praças.
Os preços do boi gordo seguem registrando ligeiras altas no mercado brasileiro. Com a relativa baixa oferta de animais prontos para o abate, compradores precisam reajustar os preços para fechar novos negócios. O ritmo do mercado, no entanto, ainda é lento, já que os fechamentos ocorrem apenas quando há forte necessidade de aquisição por parte dos frigoríficos.
Para negócios com lotes mais específicos e/ou para preencher escalas mais urgentes, foram observados fechamentos pontuais envolvendo preços acima dos valores máximos do intervalo, com compradores saindo do mercado na sequência. Esses fechamentos, por sua vez, fizeram com que alguns vendedores se retraíssem do mercado, à espera de preços ainda maiores. Esse cenário acabou limitando ainda mais oferta de animais em alguns dias.
Nessa terça, 28, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBoespa fechou em R$ 92,20, aumento de 1,95% frente ao do dia 21 e de 2,63% no acumulado de agosto. Considerando-se as regiões acompanhadas pelo Cepea, apenas no Rio Grande do Sul que a variação foi negativa entre 21 e 28 de agosto, em 1,27%, com a arroba a R$ 93,15. Nessa terça (28), o valor médio da arroba no Noroeste do Paraná foi de R$ 93,76, em Presidente Prudente, de R$ 93,47 e, em Bauru, de R$ 93,45. No acumulado de sete dias, os aumentos registrados nas outras 15 regiões ficaram entre 0,94%, em Colider, e 3,66%, em Campo Grande.
Na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea, vem sendo verificada forte dispersão entre os preços mínimo e máximo. Há um mês, a maior diferença entre os valores mínimo e máximo de uma determinada região estava em R$ 4,00 e, nessa terça-feira, 28, a diferença passou dos R$ 5,00 em algumas praças.
Apesar de a oferta não ser expressiva, a necessidade de venda de animais que vão ficando prontos nos confinamentos – e que têm custo de manutenção considerado elevado – e as escalas mais alongadas de alguns frigoríficos têm influenciado alguns fechamentos a preços menores.
No mercado atacadista de carne com osso da Grande São Paulo, os preços subiram nos últimos sete dias, devido à menor oferta de carne. O preço do quilo do traseiro subiu 5,49%, o do dianteiro, 4,08%, e o da ponta de agulha, 3,93%. Com isso, o quilo da carcaça casada de boi, que era de R$ 5,88 no dia 21, passou para R$ 6,16 no dia 28, aumento de 4,76% no período. Para a carcaça casada de vaca, o acréscimo foi de 4,6% em sete dias, passando de R$ 5,43 para R$ 5,68/kg.
Quanto à reposição, o Indicador do bezerro ESALQ/BM&FBovespa (animal nelore, de 8 a 12 meses, Mato Grosso do Sul) fechou a R$ 699,78 nessa terça-feira, 28, queda de 0,64% no acumulado de agosto. A média do bezerro São Paulo fechou a R$ 695,49, recuo de 0,16% no mês. Para as negociações de boi magro, os preços seguem em torno de R$ 1.100,00 tanto em São Paulo quanto em Mato Grosso do Sul.
Fonte: Bloomberg, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.