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Cérebros de bovinos serão transformados em biocombustíveis nos EUA

Os cérebros dos bovinos bem como outros tecidos que podem ser transmissores da doença da ‘vaca louca’ serão transformados em biocombustíveis sob um plano anunciado na última segunda-feira pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Cérebro, crânio, olhos, coluna vertebral, intestino delgado e outras partes suspeitas de hospedarem o agente causador da doença da ‘vaca louca’ foram banidas para o consumo humano nos EUA em dezembro passado como medida de segurança, logo após a descoberta do primeiro caso da doença no país.

Alguns grupos de consumidores estão pedindo ao Governo Federal dos EUA para dar mais um passo adiante e proibir estes “materiais de risco especificado” da ração feita com restos de bovinos destinada a suínos, aves e outros animais. Todos estes tecidos já estão proibidos na alimentação de bovinos para proteger contra a disseminação da doença da ‘vaca louca’.

A Administração para Alimentos e Drogas (Food and Drug Administration – FDA) dos EUA está considerando a possibilidade de impor regulamentações mais rígidas sobre a confecção de alimentos animais desde a descoberta da doença nos EUA. Há um mês, a agência oficial disse que o FDA estava considerando proibir os materiais de risco especificado da ração de aves e suínos.

Pelo novo plano do USDA, um programa de empréstimo de garantia de US$ 50 milhões será determinado para ajudar os pequenos negócios nas áreas rurais a desenvolver formas de transformar cérebros e outras partes de alto risco de bovinos em “fontes biológicas de energia”.

O vice-administrador da agência de desenvolvimento rural do USDA, Bill Hagy, disse que a proposta do programa piloto deve estimular interesses comerciais e solicitar idéias para usos alternativos de energia a partir de tecidos de bovinos.

No entanto, Hagy disse que não sabe se o programa piloto será capaz de encontrar novos usos para as partes de bovinos que representam riscos se estas forem proibidas na ração de todos os animais.

Atualmente, as carcaças dos bovinos abatidos nos frigoríficos dos EUA são tipicamente enviadas para plantas separadas de descarte para serem transformadas em alimentos para outros animais, cosméticos e outros materiais. No ano passado os EUA abateram mais de 35 milhões de bovinos.

Fonte: Reuters (Richard Cowan), adaptado por Equipe BeefPoint

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