O conteúdo deste artigo apresentará o papel do IBD Certificações Ltda na cadeia da carne, como funciona o selo Ecosocial BrasilGAP desenvolvido para amparar os processos produtivos de quem trabalha de forma sustentável, segundo diretrizes e aceitação no mercado.
O conteúdo deste artigo apresentará o papel do IBD Certificações Ltda na cadeia da carne, como funciona o selo Ecosocial BrasilGAP desenvolvido para amparar os processos produtivos de quem trabalha de forma sustentável, segundo diretrizes e aceitação no mercado.
Há muito tempo, empresas trabalham com certificação de produtos da atividade pecuária, porém existe uma crescente preocupação socioambiental dentro dos protocolos orgânicos mundiais e o Instituto Biodinâmico (IBD) além de trabalhar com essas questões, sempre foi aliado ao processo produtivo da cadeia da carne.
O IBD certifica produtos orgânicos, desde cosméticos até alimentos, e em todas essas áreas está havendo uma pressão dos compradores em conhecer o sistema produtivo, principalmente no conceito socioambiental, pois não há protocolos brasileiros consolidados. Os projetos certificados pelo IBD estão presentes em todo o território nacional e compreende vários segmentos da produção como: vinícolas, agricultura familiar até a exploração de florestas para produção de cosméticos. Em 2002 o IBD começou a desenvolver um protocolo sócio ambiental, chamado Ecosocial.
Quando o consumidor compra um produto certificado, na verdade ele está sinalizando para a cadeia produtiva que apoia o sistema de produção descrito no protocolo e deseja sua continuidade. Atualmente o consumidor está inseguro quanto as consequências para o meio ambiente, para as relações sociais e para sua saúde, no ato da compra. Isso ocorre pois, apesar de haverem muitas informações, elas estão dispersas e difíceis de serem acessadas.
A certificação nasceu da necessidade de provar ao consumidor, à distância, a maneira como se produz, garantindo a segurança alimentar. Sendo assim, os organismos de certificação podem ajudar o mercado a comercializar seus produtos e a valorizar os produtores que realmente realizam um bom trabalho nas áreas: socioambiental, bem estar animal, e boas práticas agrícolas.
Atualmente as discussões mundiais giram em torno de padrões socioambientais corretos. Nesta perspectiva, o grande desafio das certificadoras passa a ser a criação de um protocolo de certificação que sirva de ferramenta propulsora para a superação de desafios ,na gestão social e ambiental dos projetos, com transparência para o consumidor final. Para isso é preciso criar um canal de comunicação entre a cadeia produtiva e o consumidor final, dando credibilidade a este canal por meio de certificação de terceira parte, com reconhecimento internacional.
É nessa linha que o IBD criou o programa Ecosocial (BrasilGAP) associando boas práticas agrícolas, bem estar animal e padrôes socioambientais.
Esta proposta tem o objetivo de estabelecer um protocolo passível de benchmarking com outros protocolos internacionais e oferecer acesso fácil ao consumidor para o esclarecimento de suas dúvidas sobre a cadeia produtiva.
Pelo fato de selos como o GlobalGAP não darem ênfase pesada nas características socioambientais é que se cria a necessidade de ter um selo próprio no país. Além disso, os sistemas existentes estão restritos a mercados específicos e não habilitados a avaliar a realidade brasileira. Considerando ainda a diversidade cultural do país e a diversidade socioeconômica dos projetos existentes. O selo brasileiro abrange diferentes realidades culturais, contribuindo para a valorização de etnias minoritárias e possibilita aos projetos trabalhar dentro do conceito de melhoria contínua da sustentabilidade, respeitando suas especificidades sociais e ambientais. O acompanhamento das melhorias é feito através de parâmetros específicos cujos indicadores e metas são passíveis de checagem a cada auditoria realizada.
Com isso o Instituto Biodinâmico pretende diferenciar os projetos e os seus produtos dos demais e ainda permitir ao consumidor a possibilidade de interferir positivamente em todo o sistema de produção através da aquisição destes produtos.
A seguir são listados alguns dos parâmetros sociais e ambientais avaliados para implantação do projeto de certificação:
SOCIAIS
– Apoio ao trabalho sindicalizado;
– Segurança no trabalho;
– Salubridade no trabalho;
– Benefícios sociais: trabalhadores fixos e temporários;
– Participação nos resultados;
– Capacitação dos funcionários;
– Capacitação para gestão de grupos;
– Sistema de controle interno de qualidade;
– Trabalho infantil;
– Discriminação social, racial, religiosa, política e de gênero;
– Educação básica e fundamental;
– Habitação, alimentação e saúde;
– Auxílio à mulher trabalhadora;
– Apoio à gestante e à lactante;
– Apoio ao idoso;
– Prevenção e apoio aos adictos (usuários de drogas e álcool).
AMBIENTAIS
– Áreas naturais protegidas;
– Manejo dos recursos naturais;
– Gerenciamento de recursos hídricos, resíduos sólidos e efluentes líquidos e gasosos;
– Manejo da biodiversidade e banco de sementes.
Definido os parâmetros a serem avaliados, o próximo passo da implementação do projeto é selecionar os parâmetros prioritários e definir indicadores e metas para cada um deles. Após iniciada a execução das ações e monitorado o andamento do projeto e o cumprimento das metas estabelecidas, cabe à certificadora conferir se o projeto corresponde ao sub-programa escolhido, conferir e aprovar o engajamento imediato ou posterior do projeto, conferir os critérios utilizados na seleção dos parâmetros utilizados, avaliar a consistência dos indicadores e metas selecionadas para cada programa, conferir o início da execução dos programas e monitorar o seu andamento e cumprimento das metas estabelecidas.
Por fim, mediante o fomento à melhoria contínua de parâmetros sociais e ambientais, o Sistema de Certificação Sócioambiental torna-se uma ferramenta de implementação dos parâmetros fixados pelos Acordos de Cooperação Internacional, como a Agenda 21, a Carta da Terra, o Programa Pacto Global e o Metas do Milênio, diferenciando os produtos certificados dos demais, permitindo ao consumidor a possibilidade de interferir positivamente em todo o sistema de produção através da aquisição destes produtos e ao produtor agregar mais valor ao seu produto.
O IBD Certificações é uma empresa que atua no ramo de certificações orgânicas desde 1990, com várias acreditações internacionais e reconhecida em vários países.
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A certificação dos produtos agropecuários é uma tendencia mundial e os produtores brasileiros como importantes componentes dessa cadeia devem ficar atentos a novidades no mercado de certificação; hoje em dia o consumidor quer conhecer todo o processo produtivo e seus agentes para, posteriormente, levar o produto para sua casa, os produtos certificados dão mais segurança ao consumidor e são mais transparente, por isso são mais valorizados no mercado.
A criação da Brasil GAP certamente será um incentivo a mais para produtores dos setores aos quais os protocolos fazem referência, entre eles o “bem estar animal”, uma tendência e exigência de mercado, sobretudo o mercado europeu. A questão do bem estar animal ainda não está totalmente disseminado na cadeia produtiva, talvez se faça necessário maior divulgação aos produtores sobre a importância da conduta do bem estar animal para a aquisição da certificação.
Alemão congratulações a você, SBC e a todos da equipe do IBD.
´´Enquanto lutam irrompem o amanhã´´.
O mesmo não posso dizer de certas instituições de pesquisa e professores renomados que estagnados em seus pré conceitos mandam os inovadores irem pastar.
A esses o futuro reserva a vala comum.
O anteprojeto Pareto Ótimo Índice de Sustentabilidade Sócio – Ambiental, o Software que comprova matematicamente a evolução em IDH dos projetos certificados pelo IBD, enconra-se sob guarda e tutela em lugar seguro.
Uma outra pecuária é possível e ´´sim, nos podemos´´.
Um grande abraço a você ao Jorge Vailat.
Anderson Polles
Pesquisador de Mercado, um antigo colaborador.