O BeefPoint recebeu comunicado sobre a criação de um grupo de cinco empresas certificadoras Sisbov. O grupo é formado pelas principais empresas certificadoras, que detêm o certificado ISO-GUIA 65. Esse protocolo é reconhecido internacionalmente e normatiza o trabalho de certificação de inúmeros produtos, no mundo.
O BeefPoint recebeu comunicado sobre a criação de um grupo de cinco empresas certificadoras Sisbov. O grupo é formado pelas principais empresas certificadoras, que detêm o certificado ISO-GUIA 65. Esse protocolo é reconhecido internacionalmente e normatiza o trabalho de certificação de inúmeros produtos, no mundo.
O principal objetivo do grupo é implementar a ISO-GUIA 65 no Sisbov, o que ainda não existe, garantindo maior confiabilidade no sistema e aumentando sua credibilidade internacional. Outra ação é a criação de um “banco de auditores” único, que atuariam para qualquer uma das cinco empresas.
Leia abaixo as principais partes do comunicado.
As empresas certificadoras credenciadas no Sisbov, que já possuem o credenciamento ISO-GUIA 65 (acreditado pelo Inmetro), lançam no dia 20 de fevereiro protocolo harmonizado e em conformidade com a norma internacional requerida para certificadoras. O grupo estabeleceu uma série de ações que visam incrementar a aplicação a campo do Sisbov, elevando o padrão de qualidade desta certificação em todos os elos da cadeia pecuária, atendendo as exigências impostas pela União Européia e demais mercados exigentes de rastreabilidade.
O grupo que já atende mais de 50 por cento dos clientes do Sisbov, inicia os trabalhos de implantação destes protocolos de forma imediata através de uma serie de ações que visam à segurança de seus clientes e do mercado exportador de carne brasileiro, tais como:
• Padronização de 100% dos documentos e livros de registros utilizados pela certificadora, supervisores de campo e produtores;
• Implantação do check-list mapa nas auditorias de credenciamento como documento integrante do laudo de vistoria Sisbov;
• Fundação de uma associação de supervisores Sisbov, contando com técnicos treinados e credenciados com garantias contra conflito de interesses.
O grupo ressalta que as empresas são pioneiras no Sisbov tendo sido as primeiras a serem credenciadas pelo Mapa, ainda em 2002. O grupo informa que é capaz de suprir a necessidade de certificação de fazendas e animais para exportações aos mercados exigentes, calculada em mais de 30.000.000 de animais por ano.
Todas as certificadoras do grupo também já possuem o credenciamento, ISO 65, no protocolo Eurepgap (Globalgap) que garante um padrão de trabalho e certificação já aceito e validado pelos grandes atacadistas e varejistas europeus.
O grupo é formado por empresas como: Brasil Certificação, Instituto Gênesis, Planejar, SBC, WQS/Biorastro e OIA Brasil.
As informações desse artigo foram fornecidas pelo grupo de 5 certificadoras.
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Prezados.
É de se perguntar então: Por que será que todas as propriedades atendidas pelo grupo das 5 certificadoras com ISO 65 não entraram na lista que o Mapa encaminhou à UE?
Segundo informações do próprio grupo, isto representaria um número próximo a 6.000/7.000 estabelecimentos, ou seja, dez vezes maior que a quantidade oficialmente relacionada.
Com todo o respeito às grandes certificadoras, mas, querer propor que o governo exija a guia ISO 65 para que empresas possam atuar no Sisbov, sem que nem mesmo a UE exija isso, me desculpem, mas isso tem nome. Cartel.
Além do mais, o próprio ministro tem dito que, após a resolução deste impasse com os europeus, o governo vai negociar a simplificação das regras da rastreabilidade para que o sistema seja confiável e “viável”.
Finalizando, gostaria de mencionar que, as ações propostas pelo “grupo das cinco” são absolutamente possíveis de serem realizadas por qualquer certificadora credenciada, que tenha como principal premissa atuar com seriedade, lisura e extremo respeito à legislação do Sisbov. A hora é de todos os elos da cadeia produtiva trabalharem para reconquistarmos a credibilidade perdida.
Defender os interesses de “todos” em detrimento do de alguns.
Caro Rodolfo,
Realmente é um absurdo o que propuseram, jogando por terra tudo o que se discutiu na Acerta, que como você afirmou depois deste golpe dificilmente vai se recuperar, sintomas deste golpe já podiam ser percebidas na última reunião, onde inclusive foi votada uma moção de repúdio e a antecipação das eleições.
Nada foi por acaso, tudo estava sendo maquinado.
Pois bem, só nos resta lamentar que estamos sendo alvejados de dentro e de fora da trincheira.
Para concluir volto a bater na mesma tecla! O que nos falta é vergonha na cara, mas não a que vimos a poucos dias quando o Ministro a quem cabe tomar as providências vai para a mídia e se confessa culpado e não anuncia nenhuma medida que vise a sanar as irregularidades que ele próprio apontou.
Se ele é conhecedor do assunto me parece que caberia adotar medidas que coibissem atitudes as quais pessoalmente denunciou!
Parece que ninguém quer assumir responsabilidades e neste caso fica fácil apontar para os eventuais erros dos outros, sem olhar qual é o seu papel no processo.
As certificadoras tem alertado o Mapa para que procedesse auditorias em todo o sistema, o que naturalmente só acontece quando aparece o problema ou em véspera de uma missão para arrumar a casa aos visitante.
Sempre tivemos consciência de nosso papel, nunca vendemos facilidades e nem nos utilizamos de falsa retórica para ganhar mercado, que sempre achamos que a cada dia se tornava mais agressivo e corrupto, tinhamos esperança no Novo Sisbov, mas o que podemos ver é que o canibalismo continua e agora com os supostos grandes ou organizados ganhar mercado no tapetão.
Esperamos que o MAPA não acredite nestas intenções, pois na prática até hoje elas não foram demonstradas.
Pois é amigo Rodolfo, se não me engano nossas certificadoras já foram auditadas várias vezes e não me consta que tivessemos sido suspensos alguma vez, porque será? Será porque somos pequenos ou porque somos honestos e estamos com o pecuarista todo dia e não fazemos rolo, isto que este grupo iluminado está propondo é o mesmo que entregar a horta para o bode tomar conta, ou então Rodolfo eu perguntaria as certificadoras sérias e pequenas, quem teria coragem de comprar um carro usado de um destes cinco.
Pois é Rodolfo, está todo mundo tentando achar o melhor caminho para rastreabilidade, e até acredito que seja a norma ISO aplicada através do Inmetro as certificadoras, dando desta forma mais credibilidade ao sistema, mas vem justamente estes cinco com esta proposta estapafurdia vinda justamente deles, que tira a serenidade do debate, é brincadeira, faço minhas as suas afirmaçoes, e espero que estes senhores destas “cinco super empresas” reflitam e caiam na realidade, a fase de privilégios de poucos em detrimento de muitos no Brasil já ficou pra traz, falta só avisar a eles.
Ao grupo “Sisbov de Elite”
O Sisbov, todos sabem, desde de seu início em 2002 nasceu capenga e sem fiscalização do órgão regulador, e com estas falhas as certificadoras mudaram seu foco de atuação, segurança alimentar, e passou apenas a vender brincos inclusive as pioneiras.
O Sisbovsó começou a funcionar realmente em 2007, sob ameaças constantes da UE e com aumento de fiscalização dos órgãos Federal e Estadual. Visto que o grupo de elite apenas vendeu brinco e trouxe consigo mal herdado do antigo Sisbov, que foi constatado na última visita da UE no qual pegou brincos virtuais em SP, mostrado no relatório final dessa Comissão.
Então, o grupo de elite que foi responsável diretamente pela suspensão, quer agora ser o salvador da pátria criando um grupo totalmente inescrupuloso.
Agora, é hora de todos da cadeia Sisbov (pecuaristas, certificadoras e frigoríficos) se unirem e criar associações dignas, no qual abracem todos desde do menor ao mais forte da cadeia.
Reflexão:
Equilíbrio de John Nash – Você faz o que é melhor para você, e você sabe que todos farão o mesmo.
Concordo plenamente com você Rodolfo, se já existe uma associação das certificadoras que é a Acerta, porque de 5 empresas do ramo quererem sair no lucro com um despropósito desses. E pior, todas fazem parte da Acerta, ai fica a pergunta, são realmente associados ou querem fazer uma nova associação somente para eles?
Se é assim, porque com guia ISO 65, tem certificadora com escritório suspenso em Mato Grosso, cartel não anda funcionando, por enquanto não.
Faço das palavras do companheiro Rodolfo Raineri as minhas palavras, é muito estranho este grupo de 5 empresas com ISO 65, querer implementar qualquer coisa no sentido de melhorias, na verdade correto seria elas cumprirem as determinações do MAPA, antes de qualquer medida de padronização, criação de associação dentre outros.
O momento agora é de trabalho, trabalho sério para reconquistarmos a credibilidade do Sistema, e não querer criar blindagem para confundir a classe produtora, que tem investido no sistema para obter resultados e dar qualidade aos seus produtos.
O que precisa neste momento não é criar “grupinho”, e sim levar a legislação a sério, isso é fundamental, e executar todos os procedimentos dentro da norma operacional do sistema, a atitude destas 5 empresas é extremamente equivocada, até porque foram as pioneiras e até agora, parece não terem acertado sua capacidade operacional, então é o momento dos produtores se inscreverem em outras certificadoras, para poderem implantar o Sisbov em suas propriedades com qualidade transparência e dentro das normas do Sisbov.
Caro Pedro,
Parabéns pelo seu comentário, expressa exatamente o que penso a respeito deste assunto. Acho que todas as entidades certificadoras devem procurrar melhorias que possam dar maiores confiabilidades aos seus serviços, só que neste caso o que esta parecendo é que isto está sendo feito em prol de beneficiar uma pequena minoria, que logicamente não esta interessada no coletivo, estão usando o ISO 65 para se auto promover.
O SISBOV não precisa de ISO 65 para melhorar seu sistema, o que realmente precisamos é de pessoas e entidades comprometidas na realização correta e efetiva do sistema que já temos.
Implantação do ISO 65 de nada adiantará se o que nele estabelece não for cumprido, assim como já teve casos de não cumprimento das Instruções Normativas do Sisbov, bastava andarmos nas fazendas aqui de MT que veriemosmuitas destas “rastreadas e certificadas” virtualmente por grandes certificadoras que se interessaram somente no dinheiro das suas vendas e não na qualidade da implantação do sistema, com os animais sem identificação e sem supervisão. E agora vem falar de qualidade!
Confiabilidade e credibilidade se conquista, trabalhando de forma a cumprir com suas obrigações se fizermos nossa parte com seriedade, não precisamos de ISO nenhum para mostrarmos nossa competência.
Caros colegas de micro-certificadoras,
Lamento muito a infelicidade do comentário das cinco mega-certificadoras, certamente essa matéria confirma o fato de que nossa antiga associação das certificadoras só trabalhava mesmo para as megas-certificadoras ou certificadoras de elite.
A pergunta que não quer calar é: porque as certificadoras cujas propriedades foram auditadas pela missão européia no final do ano passado na região de Paranatinga-MT, não foram suspensas ou descredenciadas, já que foi uma das regiões que tiveram problemas em auditorias.
Vocês me desulpem meus caros colegas, pois se existem culpados para o embargo da União Européia, esses foram as certificadoras que tiveram suas propriedades auditadas e encontradas inconformidades graves, na última visita da missão európéia. Agora a segunda pergunta que não quer calar é: esse grupo de certificadoras que só causaram problemas até agora pertencem ao grupo das micro-certificadoras ou das mega-certificadoras.
Francamente por essa eu não esperava!
A criação de um grupo salvador das cinco/iso 65 somente serve para confundir o pecuarista ou é coisa de marketeiro.
Temos que seguir a legislação e atender o que o consumidor da UE exige, inclusive investindo mais para melhor informar este mercado sobre nossa carne; assim garantindo demanda de nosso produto.
Inclusive para outros mercados, que vêem neste fato motivo de desqualificação e desconfiança de nosso produto, o que contribui para dificuldades nas negociações de futuros contratos.