Em abril, a cesta básica de Belo Horizonte (MG) apresentou a maior alta do país, de 6,53% em relação a março, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese). O feijão foi o principal responsável pela alta generalizada nos preços dos produtos de primeira necessidade em 15 das 16 capitais pesquisadas, comprometendo a dobradinha do arroz com feijão, base alimentar da população brasileira.
Com esse resultado, a capital mineira acumula a maior alta nacional da cesta básica pelo segundo mês consecutivo. Em março, o custo de vida havia dado um salto de 4,31%. Além desse recorde, as maiores variações em abril foram verificadas em Fortaleza (5,45%), Porto Alegre (4,28%) e Natal (4,16%). As menores ficaram com Belém (0,44%) e João Pessoa (0,86%). Apenas Salvador fechou o mês em queda de 0,78%.
Apesar dos aumentos em série, a superintendente do Dieese em Minas, Maria de Fátima Laje Guerra, prefere falar em uma recuperação dos preços dos alimentos em BH. Segundo ela, as altas possibilitam que a capital mineira volte a ocupar o sexto lugar no ranking nacional das cestas básicas. Tal posição vinha sendo ocupada historicamente desde 2002, despencando para o décimo lugar em janeiro e fevereiro deste ano. “Estamos voltando para o patamar desejado”, afirma.
Em março, os alimentos subiram um pouco, elevando BH para a oitava posição. Com a alta de abril, a capital voltou a ocupar o tradicional sexto lugar. Na prática, o mineiro passou a pagar R$ 167,75 na compra da chamada alimentação básica para um trabalhador adulto. É um valor menos expressivo em relação a Porto Alegre, onde a cesta alcançou R$ 183,15, e São Paulo (R$ 180,93), capitais que apresentaram os maiores valores para os produtos alimentícios de primeira necessidade em abril.
Os menores custos foram apurados em Salvador (R$ 131,57) e João Pessoa (R$ 133,94). Com base no maior valor registrado em abril, de R$ 183,15, é possível comprar 1,6 cestas básicas com o novo valor do salário mínimo (R$ 300) que entrou em vigor em maio, a ser pago em junho. Para o Dieese, entretanto, o valor real do salário mínimo em abril deveria ser de R$ 1.538,64, ou seja, 5,91 vezes o mínimo vigente, de R$ 260, para o mês.
A cesta básica do Dieese é composta de 13 produtos: feijão, carne, leite, arroz, farinha de trigo, batata, tomate, pão de sal, café, banana, açúcar, óleo de soja e manteiga.
Fonte: Estaminas/Superávit (por Sandra Kiefer), adaptado por Equipe BeefPoint
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Após o brasileiro ingerir esta cesta básica totalmente sem sal, não caberia ao Dieese a formulação de uma cesta básica mais digna para o brasileiro, onde teríamos pelo menos os ingredientes básicos de higiêne ( papel higiênico, pasta de dente, sabonete,…, shampoo nem pensar!).Quem sabe assim nós teríamos a certeza de que o nosso salário mínimo não compra nem 1/2 de uma cesta básica, ou será que não estamos subestimando nossas necessidades básicas ?
Abraços,
Ibsen