A correta seleção das fêmeas destinadas à produção de bezerros é essencial para o sucesso de um projeto pecuário. “Animais inférteis ou de baixa fertilidade convertem lucros em prejuízos e devem ser banidos do plantel”, explica Luis Adriano Teixeira, coordenador de pecuária da Agro-Pecuária CFM (São José do Rio Preto, SP). “Assim como os touros, é fundamental que as vacas tenham avaliação genética positiva e ciclo reprodutivo regular”, recomenda Teixeira.
A conta começa com a escolha das fêmeas que multiplicarão os plantéis. Se o pecuarista adquirir fêmeas com baixa fertilidade, a renda futura será prejudicada. “Somente por meio da avaliação genética podemos identificar o potencial produtivo das vacas para habilidade materna, fertilidade e precocidade sexual. Elas devem permanecer ativas no rebanho por, no mínimo, seis anos, gerando um bezerro a cada 12 meses. Se isso não ocorrer, elas devem ser imediatamente descartadas”, enfatiza o coordenador de pecuária da CFM.
Segundo Gabriela Giacomini, zootecnista da CFM, a reprodução dos animais é o fator mais importante a ser considerado pelos pecuaristas para detecção da infertilidade. Além disso, outras características também devem ser rigorosamente analisadas, como índices genéticos, aprumos, estado nutricional, idade e sanidade.
Todas as fêmeas da CFM têm sua reprodução controlada e possuem avaliação genética completa com acompanhamento da sua produção. Tudo isso é feito para garantir que somente as fêmeas que geram bons bezerros permaneçam no rebanho. E para a CFM, bezerro bom é aquele capaz de se desenvolver e ganhar peso 100% a pasto. “As fêmeas que ficam vazias na estação de monta, que perdem o bezerro ou que desmamam os piores animais, são descartadas do rebanho. Com isso, apenas as melhores são mantidas, fator que garante a transmissão de sua genética às gerações seguintes”, explica a zootecnista.
A CFM é pioneira na seleção de fêmeas super-precoces da raça Nelore, que emprenham aos 14 meses de idade, resultado fantástico se comparado à média nacional, que supera os 30 meses de idade. Os reprodutores de 24 meses são colocados junto às novilhas desde os dez meses de vida para estimular a puberdade. Cerca de 25% do total emprenham aos 14 meses. “O segundo prazo de gestação é aos 24 meses. Se isso não ocorrer, elas são descartadas do programa”, explica Luis Adriano Teixeira.
Todos os animais comercializados pela CFM são certificadas com o CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção), concedido pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) aos 30% melhores touros e matrizes de cada safra.
Fonte: Assessoria de imprensa da CFM