O chefe da Unidade do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) em Pelotas/RS, Carlos de Lima Silveira, afirmou que a adequação do pequeno produtor rural às normas de identificação e rastreabilidade dos bovinos dependerá do barateamento dos serviços prestados pelas empresas credenciadas no Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov).
Como medida capaz de tornar o sistema mais útil e econômico aos pequenos pecuaristas gaúchos, Silveira sugeriu a criação, pela Secretaria da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, de uma empresa certificadora que ofereça não apenas a rastreabilidade, mas também os controles para o ganho de peso dos animais, melhoria genética do gado de corte e de leite e a economia da propriedade.
Outra medida benéfica aos pequenos produtores, na avaliação de Silveira, seria o credenciamento das cooperativas de médicos veterinários no Sisbov. A participação das cooperativas, disse, proporcionaria novas opções aos produtores. Atualmente, em todo o País, existem apenas 17 certificadoras credenciadas pelo Mapa.
De acordo com Silveira, que coordenará no dia 4 de junho, em Pelotas, o painel “Rastreabilidade em bovinos de corte” no 7o Simpósio em Bovinocultura de Corte da Região Sul, a adequação ao sistema ainda é lenta no País. Atualmente, apenas os bovinos adultos destinados ao abate em frigoríficos exportadores, estão sendo identificados.
Se a identificação dos bovinos nascidos em 2003 começasse hoje, observou o chefe da unidade do Mapa, em cinco anos 80% do rebanho bovino nacional estariam identificados. Os 20% restantes seriam formados pelas fêmeas que, tradicionalmente, têm vida mais longa.
Fonte: Diário Popular/RS, adaptado por Equipe BeefPoint