Técnicos do Mapa e representantes do governo chileno iniciam esta semana encontros para tentar suspender os embargos comerciais feitos a produtos agrícolas dos dois países. O interesse brasileiro é a suspensão ao embargo que o Chile impôs à carne bovina depois da confirmação dos casos de febre aftosa no ano passado no MS.
Já os representantes do Chile, que chegam ao País hoje, querem negociar o fim da barreira imposta na última semana pelo Mapa para a importação de uva, devido à presença do ácaro Brevipalpus chilensis em cargas da fruta vindas daquele país. No ano passado, as importações de uva do Chile para o Brasil somaram US$ 4,2 milhões, um aumento de 113% em comparação com 2004. Os prejuízos aos fruticultores chilenos, porém, podem ser ainda maiores, já que, além da uva, também foram suspensas também as importações de kiwi, anona, damasco, mastruço, frutas cítricas, caqui, figo, maçã, maracujá amarelo, geranium, plumcot, “sweet almond”, nectarina, pêra, pêra asiática, groselha e framboesa; por serem hospedeiras do ácaro. Somadas, as exportações desses produtos para o Brasil no ano passado ultrapassaram US$ 18 milhões.
Para encontrar solução para esses impasses foram agendados encontros em Porto Alegre e em Brasília. Hoje, uma comissão do Ministério da Agricultura se reúne com representantes chilenos em Porto Alegre para tentar por fim ao embargo à carne bovina. Amanhã uma outra comissão se reunirá em Brasília para discutir as barreiras impostas à importação de frutas chilenas. A notícia é de Rafael Godoi, para o Diário do Comércio e da Indústria.