A reabertura do mercado chileno para as carnes argentinas é iminente. Segundo o jornal La Nación, o ministro da Agricultura do Chile, Alvaro Rojas, antecipou na última sexta-feira que embora não haja uma data definida, a retirada do embargo será em setembro. As exportações argentinas de carne ao Chile estavam proibidas desde oito de fevereiro, quando foi detectado um foco de aftosa na Província de Corrientes.
A reabertura do mercado chileno para as carnes argentinas é iminente. Segundo o jornal La Nación, o ministro da Agricultura do Chile, Alvaro Rojas, antecipou na última sexta-feira que embora não haja uma data definida, a retirada do embargo será em setembro. As exportações argentinas de carne ao Chile estavam proibidas desde oito de fevereiro, quando foi detectado um foco de aftosa na Província de Corrientes.
Em junho, os serviços sanitários de ambos os países firmaram um acordo que determinava que o Chile reabriria seu mercado após a visita de uma missão sanitária. Agora, as autoridades chilenas esperam o regresso dos técnicos de seu Serviço Agrícola e Pecuário (SAG) para resolver o fim do embargo. Os inspetores chegaram na Argentina na terça-feira dia 22 para verificar as condições sanitárias e a extinção do foco de aftosa e de seu relatório dependerá a retirada imediata do embargo.
O Chile é o segundo mercado em volume e o terceiro em valor para as carnes argentinas e significa, em anos normais – sem barreiras comerciais -, 10% das exportações.
Contexto complicado
Apesar de a notícia ser positiva, chega em um momento crucial para a indústria de carnes da Argentina, já que em 4 de setembro vencerá a prorrogação da resolução 503 que flexibiliza as exportações de carnes (até então proibidas) de cortes de traseiro de animais com mais de 460 kg e carne proveniente de animais mais velhos, geralmente utilizada para produção de carne enlatada.
O presidente da Sociedade Rural Argentina (SRA), Luciano Miguens, disse que esta notícia é muito importante para a Argentina devido ao valor do mercado chileno e ao reconhecimento do Chile – que é um país com muitas exigências sanitárias. No entanto, ele disse que esta reabertura está condicionada à flexibilização das exportações de carne que o Ministério da Economia do país pode ou não determinar.
Até agora, a indústria pode exportar até 65% das vendas realizadas entre junho e novembro de 2005. Se a resolução não for prorrogada ou não houver maior flexibilização, os volumes exportáveis baixariam para 40%. Por isso o setor de carnes da Argentina está tentando chegar a um acordo para compatibilizar o abastecimento do consumo interno com a continuidade das exportações, sem disparar o índice inflacionário.