A China, cujo mercado é o que mais cresce para os produtos agrícolas brasileiros, não quer se abrir para a importação de bens agrícolas como os demais países da Organização Mundial do Comércio (OMC). Pequim quer manter uma proteção extra para cerca de 20% dos produtos agrícolas.
O Brasil não aceita a proposta e não consegue fechar uma posição conjunta com os chineses sobre o tema nas negociações da Rodada Doha. Brasil e China fazem parte do G-20, bloco criado em 2003 para pressionar os países ricos a abrir o mercado agrícola.
Para a China, se uma nova liberalização ocorrer, há o risco de um grande e êxodo rural. Hoje, 800 milhões de chineses vivem no campo e contam com uma renda de só um terço dos trabalhadores das cidades. O que Pequim teme é que, com uma nova liberalização, as cidades recebam mais migrantes e o frágil equilíbrio social do país seja afetado.
Fonte: O Estado de São Paulo, adaptado Equipe BeefPoint