A China acentua sua liderança como principal importador de carne bovina uruguaia. O volume exportado a esse destino pelo Uruguai cresceu em 63,7% até 11 de julho comparado com a mesma data de 2014. O mercado engloba praticamente todos os dianteiros bovinos ante uma demanda bastante tímida dos Estados Unidos e outros compradores integrantes do circuito do Nafta.
Segundo dados estatísticos do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), os importadores chineses compraram 84.448 toneladas de carne bovina frente às 51.584 toneladas que tinham comprado em 11 de julho de 2014.
“A China segue trabalhando forte, ainda que a preços habituais que manejam os importadores”, disse o gerente da United Breeders & Packers, Alejandro Berrutti.
Ainda que não se mostrem tão ativos, os mercados do Nafta aumentaram em 14,8% os volumes de dianteiros e trimming importados. Foram compradas 51.242 toneladas frente 44.608 toneladas compradas no ano anterior.
O mercado da União Europeia (UE), por sua vez, segundo confirmou Berrutti, que é que paga os melhores preços e compra os cortes de maior qualidade, segue mostrando-se “bastante tímido”, tanto no que se refere a cortes Hilton (lombos, bifes e quadril) como os cortes que fazem parte da cota de carnes de alta qualidade, de gado terminado durante os últimos 100 dias com grãos (cota 481).
Nas datas mencionadas anteriormente, as compras da UE caíram em 12,18% medidas em volume. Os importadores europeus compraram 26.940 toneladas contra 30.679 toneladas.
Globalmente, a tonelada de carne bovina uruguaia média baixou em 3%, no marco de uma situação conjuntural do mercado mundial. O Uruguai tem grandes oportunidades adiante de valorizar sua carne, seja melhorando o acesso tarifário como quando entra no mercado japonês ou, seja aproveitando melhor as oportunidades de colocar cortes de maior valor à China em circuitos étnicos ou nichos específicos que os frigoríficos hoje não têm a possiblidade de ter acesso.
No entanto, a nível local, o preço do gado segue se recuperando. Berrutti falou de negócios de novilhos gordos especiais a US$ 3,60 por quilo de carne, no marco de sua oferta retraída.
O abastecimento segue liderando em termos de preços e os frigoríficos exportadores, para cumprir com seus abates, deverão competir mais pelo pouco gado preparado.
Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.