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China: Supermercados aumentam participação na venda de carnes em Hong Kong

Os consumidores de Hong Kong estão comprando mais carnes frescas nos supermercados, enquanto os demais estabelecimentos de vendas de carnes estão apresentando um declínio significante na participação durante o ano de 2002.

Estas são as últimas descobertas referentes à informação de mercado feitas pela companhia Taylor Nelson Sofres (TNS), que elabora um Painel do Consumidor, o qual analisa os hábitos de compras de alimentos de um grupo de 1000 habitantes que representam os moradores de Hong Kong.

De acordo com as últimas descobertas, o setor de alimentos frescos é responsável por aproximadamente 42% dos bens de consumo de grande saída (Fast Moving Consumer Good – FMCG) consumidos em casa, em Hong Kong. Este é um setor altamente competitivo e os supermercados estão querendo ganhar mais participação no mercado, comumente nas mãos dos estabelecimentos mais tradicionais, como os açougues.

Na categoria de carnes vermelhas frescas, a rede de supermercados ParknShop aumentou sua participação no mercado de 7% nos primeiros três meses do ano para 13,8% no terceiro trimestre de 2002. No mesmo período, a rede de supermercados Wellcome aumentou sua participação de 3,7% para 5,7%. Conseqüentemente, os estabelecimentos tradicionais de vendas de carnes frescas apresentaram uma queda de 87,1% para 78,5% na participação de mercado no mesmo período.

Entretanto, o declínio na participação de mercado dos estabelecimentos mais tradicionais não foi causado pelo declínio no número de consumidores que compram carne fresca nestes estabelecimentos. Isto porque, segundo dados da TNS, 81% dos consumidores de Hong Kong compraram carnes frescas nestes estabelecimentos no terceiro trimestre de 2002.

O declínio está mais relacionado às quantidades de carnes compradas nestes estabelecimentos, bem como à freqüência destas compras, dados que apresentaram queda entre o segundo e o terceiro trimestre de 2002. A quantidade de carne fresca comprada nos estabelecimentos tradicionais de vendas de carnes caiu de 18,1 quilos para 17,4 quilos por trimestre por pessoa e o número de visitas caiu de 17 para 16.

A perda de participação de mercado destes estabelecimentos foi compensada pelos ganhos nos supermercados, particularmente as grandes lojas. As lojas do ParknShop, por exemplo, tiveram a quantidade de carne fresca comprada aumentada de 3,5 quilos por trimestre para 6,1 quilos por trimestre, entre o primeiro e o terceiro trimestre de 2002. Similarmente, no mesmo período, as lojas do Wellcome apresentaram um aumento de 2,8 quilos para 4,8 quilos.

Os consumidores estão também comprando carne fresca com maior freqüência nestas grandes lojas – mais de 2,9 vezes por trimestre no primeiro trimestre de 2002 para 4,7 vezes no terceiro trimestre para as lojas do ParknShop, e 1,9 vezes no primeiro trimestre para 3,4 vezes no terceiro trimestre para as lojas do Wellcome.

Segundo o gerente de contas da TNS de Hong Kong, Duncan Tyrrell, “este mercado tão importante está se tornando algo como um campo de batalha para o comércio moderno e o tradicional em Hong Kong. No começo do ano, o ParknShop fez das vendas de carne suína uma peça fundamental de seus esforços de marketing e cortou os preços significativamente. Este tipo de competição tem, sem dúvida, resultado no declínio da participação de mercado dos estabelecimentos mais tradicionais nas vendas de carnes”.

“Evidentemente, o frescor e a higiene são fatores de extrema importância aos consumidores e os supermercados estão utilizando estas preocupações para criar áreas semelhantes a açougues tradicionais em suas mega-lojas, com a vantagem adicional do funcionamento de ar condicionado e de cabines refrigeradas. Para certos grupos da categoria de carnes frescas, esta estratégia está funcionando”.

Fonte: MeatNews.com, adaptado por Equipe BeefPoint

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