Chuvas e mercado interno fraco pressionam @

Dados levantados pela Scot Consultoria indicam que algumas regiões estão com grande oferta de animais prontos para a abate, o que tem facilitado os frigoríficos a tentarem reduções de preço.

Segundo informações fornecidas por Fabiano Tito Rosa, da Scot, em todas as regiões do Mato Grosso e nas regiões de Goiânia e Mozarlândia realmente estão mais ofertadas, com escalas mais longas. “O resto está mais controlado, tem lugar que já apertou de novo, se o produtor segurar um pouco acho que o mercado estabiliza, mas depende do produtor segurar a oferta. A reação não é garantida, depende de uma oferta bem ajustada e da reação do atacado, informa Fabiano.

Já o mercado de São Paulo está um pouco mais firme, com alguns negócios de R$58,00/@, a vista, livre de Funrural, o que, nominalmente, equivale a pouco mais de R$61,00/@, no prazo, para descontar. Há frigoríficos com escala para sexta-feira dessa semana (3 dias). “Se o produtor segurar mesmo, e o atacado reagir na virada do mês, é bem possível que o boi suba”, analisa Tito Rosa.

No atacado, a vaca casada está frouxa, justamente em função da grande oferta. Os demais cortes já alcançaram um patamar de equilíbrio. Se o consumo melhorar um pouco, o preço pode até recuperar R$0,10/kg.

Por outro lado o atacado está mais equilibrado hoje. O equivalente físico caiu mais de 8% ao longo do ano, enquanto o boi em São Paulo, por exemplo, apenas 2,5%. Se tiverem espaço, portanto, os compradores de gado vão derrubar mais o preço.

A tal da gripe do frango, que prejudicou as exportações tailandesas, deve mesmo ajudar os negócios do Brasil. Exportando mais, o frango pode subir mesmo no mercado interno, reduzindo sua competitividade em relação à carne bovina. Isso, além da entrada do salário na virada do mês, pode ajudar a recuperar um pouco o atacado. É uma hipótese.

Fonte:Equipe BeefPoint, com informações da Scot Consultoria