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CICB: exportações de couros sinalizam recuperação

As exportações brasileiras de couros somaram US$ 879,64 milhões no acumulado dos seis meses deste ano, registrando um aumento de 78% em relação ao primeiro semestre de 2009. "A despeito da ocorrência dos novos problemas financeiros ocorridos nos mercados internacionais, com foco na crise da União Européia, a indústria brasileira registrou bom desempenho no período", avalia o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich. Segundo o executivo, a receita de US$ 165,68 milhões dos embarques em junho representa um crescimento de 73%, ante o mesmo mês do ano passado, e uma elevação de 5% em relação a maio de 2010. "O valor contabilizado no sexto mês deste ano já sinaliza uma recuperação das vendas externas de couros, que podem fechar o ano ao redor de US$ 1,7 bilhão", estima o presidente do CICB.

As exportações brasileiras de couros somaram US$ 879,64 milhões no acumulado dos seis meses deste ano, registrando um aumento de 78% em relação ao primeiro semestre de 2009. O cálculo é do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior.

“A despeito da ocorrência dos novos problemas financeiros ocorridos nos mercados internacionais, com foco na crise da União Européia, a indústria brasileira registrou bom desempenho no período”, avalia o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich. Segundo o executivo, a receita de US$ 165,68 milhões dos embarques em junho representa um crescimento de 73%, ante o mesmo mês do ano passado, e uma elevação de 5% em relação a maio de 2010. “O valor contabilizado no sexto mês deste ano já sinaliza uma recuperação das vendas externas de couros, que podem fechar o ano ao redor de US$ 1,7 bilhão”, estima o presidente do CICB.

O executivo salienta que tal receita significa um crescimento de quase 51% em comparação às vendas externas de 2009, aumentando de maneira relevante a contribuição da indústria curtidora no saldo para a balança comercial brasileira, ainda que se situe aquém do patamar das exportações em 2007, o ano pré-crise, quando atingiram o montante US$ 2,2 bilhões.

A retomada das exportações brasileiras, entretanto, ainda é inibida pela supervalorização do real, pelos entraves representados pelo chamado “Custo Brasil” (pesada carga tributária, elevadas taxas de juros, gargalos logísticos), pela lenta reação de importantes mercados de consumo e, mais recentemente, pelos reflexos da crise européia.

Para manter sua posição no mercado internacional, a indústria brasileira, uma das maiores exportadoras mundiais de couros, vem diversificando cada vez mais seus mercados e aumentando a oferta de produtos mais sofisticados, de maior valor agregado. Ao mesmo tempo são reforçadas iniciativas para valorizar cada vez mais o couro nacional no exterior, a exemplo da bem-sucedida campanha “Brazilian Leather”.

O programa, conduzido pelo CICB em parceria com a Apex-Brasil, agência vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, renovado no dia 5 de julho, tornou-se uma referência no setor e seus resultados positivos já influenciam expressivamente a imagem do nosso couro e as vendas externas, afirma Wolfgang Goerlich.

“Desde 2000, o ano do inicio do convênio, até 2010, conseguimos aumentar a quantidade dos couros exportados anualmente de 14,6 milhões para 24 milhões, um aumento de 164% e, o que é mais importante: a parcela de couros com maior valor agregado cresceu 279%”, diz ele, lembrando que o número de países importadores do couro brasileiro aumentou de 68 para 90.

A importância do setor para a economia brasileira é de grande relevância. Vale lembrar que a cadeia produtiva do couro, que abrange os setores de curtumes, calçados, componentes, máquinas e equipamentos para calçados e couros, artefatos e artigos de viagem em couro, reúne 10 mil indústrias, gera mais de 500 mil empregos e movimenta receita superior a US$ 21 bilhões de dólares por ano.

As informações são do CICB, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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