O momento favorável para o setor pecuário contribuiu para o aumento nos custos de confinamento no país em julho. De acordo com o Índice de Custo Alimentar Ponta (ICAP), a alta foi de 2,17% na região Centro-Oeste, com média de R$ 14,58, e de 2,09% no Sudeste, a R$ 12,68.
“A arroba valorizada deu fôlego ao pecuarista e, como resposta, a cadeia puxou seus preços para recompor margens”, explica a empresa em nota. No Centro-Oeste a alta foi puxada pelo custo 5,48% maior entre os alimentos proteicos, com destaque para a valorização do caroço de algodão, da casca de soja e da silagem de milho, que subiram 14,37%, 12,67% e 10,37%, respectivamente. Com isso, o custo por tonelada de matéria seca da dieta de terminação ficou em R$ 1.187,80, segundo a Ponta Agro.
No Sudeste, o preço médio dos insumos proteicos ficou 2,66% mais caro, enquanto o volumoso subiu 5,19% no último mês. Dentre as principais altas, o ICAP destaca a valorização de 9,08% do caroço de algodão e de 3,85% do DDG. Com isso, o custo da dieta de terminação foi de R$ 1.202,19 por tonelada de matéria seca no Sudeste em julho.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, a alta acumulada nos custos de confinamento ficou em 13,72% na região Sudeste e em 3,11% no Centro-Oeste. Considerando os valores apontados pelo indicador, a Ponta Agro estima um custo total de R$ 213,96 por arroba no Centro-Oeste e de R$ 201,28 no Sudeste, com margem de lucro superior a R$ 570 e R$ 700 por cabeça, respectivamente.
Fonte: Globo Rural.