Pesquisadores desenvolveram um teste mais apurado e menos invasivo para detectar o príon que acredita-se ser o causador da doença de Creutzfeldt-Jakob e da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), também conhecida como doença da vaca louca.
O teste, que poderá estar pronto para o uso geral em dois anos, é cerca de 1000 vezes mais preciso que os testes atuais e não requer o sacrifício do animal antes de sua utilização, disseram os pesquisadores.
O produto foi desenvolvido pelo professor de ciências neurológicas da Universidade de Tohoku, Tetsuyuki Kitamoto, e pelo professor de ciências médicas da Universidade de Kyushu, Shiro Mohri.
O procedimento de teste ainda está sendo aperfeiçoado, disseram os cientistas, que esperam que o mesmo venha a permitir um diagnóstico precoce da doença de Creutzfeldt-Jakob em humanos.
Eles também mencionam que o teste tem grande potencial para testar produtos farmacêuticos que usam produtos de origem animal como ingredientes.
O teste utilizado atualmente, usado em todas as vacas desde a detecção do primeiro caso de vaca louca no Japão, em setembro, apenas pode ser feito em animais mortos, pois necessita de amostras do cérebro para sua execução. O teste atual também pode acusar falsos positivos para animais não portadores da EEB.
Com o novo teste, será possível realizar testes com amostras do líquido da coluna, permitindo analisar animais ainda vivos.
O novo teste também poderá ser aprimorado para permitir a verificação de pacientes com a doença de Creutzfeldt-Jakob, através de exames de sangue, disseram os pesquisadores.
Os pesquisadores também dizem que há poucos casos de falsos positivos com a utilização do novo método.
O novo procedimento de teste já está sendo patenteado pelos pesquisadores.
Fonte: Asahi.com, adaptado por Equipe BeefPoint