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Classe média acelera intenção de consumo, diz Fecomércio-RJ

O porcentual de consumidores da classe C dispostos a consumir mais este ano ante o ano anterior subiu para 24% em janeiro de 2012, ante 15% em igual mês de 2011, maior avanço entre as faixas de renda pesquisadas. Enquanto nas classes A e B esta fatia subiu de 25% para 29%, nas famílias D e E a participação cresceu de 13% para 15%.

A intenção de consumo da classe média acelerou o ritmo no começo do ano, segundo levantamento da Fecomércio-RJ/Ipsos Hábitos de Consumo Brasileiro. O porcentual de consumidores da classe C dispostos a consumir mais este ano ante o ano anterior subiu para 24% em janeiro de 2012, ante 15% em igual mês de 2011, maior avanço entre as faixas de renda pesquisadas. Enquanto nas classes A e B esta fatia subiu de 25% para 29%, nas famílias D e E a participação cresceu de 13% para 15%.

O contínuo crescimento da massa salarial do brasileiro, que norteou a migração de consumidores de faixas de renda baixa para mais elevadas nos últimos anos, tem sustentado o consumo da classe C. “O mercado de trabalho continuou aquecido no começo de 2012, e isso facilitou também o acesso ao crédito”, disse o economista da Fecomércio-RJ, Christian Travassos, lembrando que estabilidade no emprego é pré-requisito em tomadas de empréstimos. Outro fator lembrado pelo economista foi o término das medidas macroprudenciais em meados do ano passado, anunciadas em dezembro de 2010 e que restringiam consumo.

Para o economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC) Bruno Fernandes, o consumo em alta da classe C deve continuar nos próximos anos. “As condições são favoráveis”, afirmou. Em 2012, houve aumento real de 7% no salário mínimo, cujo reajuste é indexado a partir da evolução do Produto Interno Bruto (PIB) e inflação.

Na prática, a alteração na composição das classes sociais no Brasil, beneficiada por política de transferência de renda, também transformou o orçamento do brasileiro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os alimentos, que chegaram a representar quase um terço da inflação do varejo agora são um pouco menos de um quarto. “Com o aumento de renda do trabalhador na última década, o consumidor mais pobre desloca gastos para outros tipos de consumo e não se concentra mais, principalmente, em alimentos’, explicou o economista da FGV, André Braz.

Fonte: Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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