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Claudio Haddad comenta concentração dos frigoríficos

Realmente essas fusões de grandes grupos levam a conjecturas de como os tempos medievais são atuais, onde os nobres dominavam o poder e o rei só sobrevivia com alianças e conchavos. Tenho uma teoria que, como pecuaristas, só sobreviveremos se migrarmos para a cria.

O leitor do BeefPoint Claudio Maluf Haddad, professor da Esalq, de Piracicaba/SP, enviou um comentário ao artigo “Pedro Eduardo de Felício comenta o processo de consolidação dos frigoríficos brasileiros“. Abaixo leia a carta na íntegra.

“Muito interessante a colocação do professor Pedro de Felicio.

Realmente essas fusões de grandes grupos levam a conjecturas de como os tempos medievais são atuais, onde os nobres dominavam o poder e o rei só sobrevivia com alianças e conchavos.

Tenho uma teoria que, como pecuaristas, só sobreviveremos se migrarmos para a cria, atividade que será pulverizada em futuro próximo, bastante valorizada por ser a real base da pecuária, e realizada mediante contrato e especifiações técnicas.

Entretanto só veremos a verdadeira valorização da cria quando cessar o desmatamento, maior motor nacional de fabricação de bezerros baratos.”

Clique aqui para ler mais opiniões sobre este assunto.

0 Comments

  1. Antonio Silvio Abeid Moura ( Silvio Moura ) disse:

    Quando li o nome do autor da carta me interessei: sabia que seria boa!

  2. Igor Vaz disse:

    A solução para os pequenos produtores será a união através de cooperativas, arrendando um frigorífico e distribuindo a produção, deixando de serem meros produtores de um ítem (o animal) para serem vendedores de picanha, maminha, fraldinha, filé mignon, etc. Mas como mencionou um grande professor meu de agribusiness da FGV-SP, antes estes precisarão quebrar muitos paradígmas para chegarem a tal ponto de excelência.

  3. Wilmar José Vilela disse:

    Infelizmente nós não temos um governo eficaz e coerente, que olhe para a classe produtora, por que no lugar de ficar enfiando dinheiro do bnds em dois frigoríficos ( jbs e marfrig) , não divide e ajuda os pequenos e medios frigoríficos para não virar um monopolio como está virando hoje , jbs e marfrig, eles falam tanto em fazer o brasil um país de primerio mundo, mas nos estados unidos e na europa eles não aceitam este tipo de monopolio, tanto que o jbs foi vetado no congresso americamo, onde está o cade para vetar estes arrendamentos e compras, a 3 anos atrás vendemos bois confinados a R$ 95,00 a @, a 2 anos R$ 85,00 é este ano a R$ 72,00, porque? não existe mais concorrencia, se a 3, 4 anos atrás tivemos a cpi do boi antes 10 a 12 frigoríficos tentando fazer acordo que morrer na mão de 2.

  4. Clandio Favarini Ruviaro disse:

    Creio que um dos caminhos pelo qual poderemos usufruir de certa liberdade neste mercado de “nobres” seja a associação ou cooperação entre os pecuaristas para fins de produção de carne. Esta talvez seja a maneira como possamos, pelo menos, atuar em nichos de mercado sem sermos “esmagados” pela força das grandes empresas abatedouras. Neste momento, me parece que não temos muitas opções, pois com movimentos mais ousados pode-se correr o risco destes grandes frigoríficos verticalizarem suas produções e, aí sim, seremos como fantoches em suas mãos.

  5. Eduardo Barbosa de Castro Prado disse:

    Concordo totalmente com Claudio Haddad, o pecuarista não vai conseguir competir com a engorda em confinamento promovida por frigorificos, pois o confinamente não precisa dar lucro; ele serve como fonte de materia prima, e pulmão de abastecimento dos frigorificos.