O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu nesta quinta-feira, 30, reduzir o porcentual de direcionamento para aplicação em crédito rural dos recursos captados por meio da poupança rural. A medida irá liberar cerca de R$ 7 bilhões para empréstimos livres, sendo que o Banco do Brasil opera 92% desse segmento.
A medida reduz o porcentual de direcionamento da poupança rural para o crédito rural de 65% para 60%. Ao mesmo tempo, eleva o porcentual para que as instituições captadoras de poupança rural apliquem os recursos livremente, de 14% para 19%.
O chefe do departamento de regulação, supervisão e controle das operações de crédito rural e do Proagro no Banco Central, Cláudio Filgueiras, explicou que a medida tem o objetivo de adequar os fluxos dentro do crédito rural. “Temos mais recursos em depósitos à vista e LCAs. Por isso, é possível reduzir esse direcionamento”, afirmou.
Outra resolução do CMN alterou os parâmetros de cálculo das subexigibilidades do Pronaf e do Pronamp, além de modificar as condições para a realização de Depósito Interfinanceiro Vinculado ao Crédito Rural (DIR).
A medida amplia o universo de instituições autorizadas a captar recursos por meio do DIR, permitindo que mais bancos operem como depositantes e depositários, dando mais opções aos tomares do crédito.
“A medida permite que instituições que tenham capilaridade e demanda por crédito rural possam intermediar recursos captados por outras instituições de grande porte que necessariamente deveriam ser aplicados nessa modalidade”, explicou Filgueiras. “Estamos abrindo canais para esse dinheiro chegar na ponta. Hoje o valor desse ‘empoçamento’ é muito próximo dos R$ 7 bilhões que estamos liberamos do direcionamento”, concluiu.
Fonte: Estadão, adaptada pela Equipe BeefPoint.