Mercado Físico da Vaca – 09/03/11
9 de março de 2011
Mercados Futuros – 10/03/11
11 de março de 2011

CNA aposta em valorização da arroba

O presidente do Fórum Permanente da Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, trouxe um panorama favorável para a pecuária brasileira. Segundo Nogueira, a crise que o setor enfrentou nos últimos anos não deve voltar tão cedo, até por conta do aumento da demanda por proteína no mundo. Conforme os números apresentados pelo presidente do Fórum, "o preço da arroba do boi no Brasil ainda tende a aumentar".

Durante o lançamento do Congresso Internacional da Carne em São Paulo, na última quinta-feira, dia 3 de março, o presidente do Fórum Permanente da Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, trouxe um panorama favorável para a pecuária brasileira. Conforme os números apresentados, a crise que o setor enfrentou nos últimos anos não deve voltar tão cedo, até por conta do aumento da demanda por proteína no mundo.

Conforme os números apresentados pelo presidente do Fórum, nos preços acumulados ao longo de 2010, o boi gordo teve uma valorização de 41,74%, enquanto no varejo, o acumulado do filé mignon, por exemplo, valorizou 69,64%. “O preço da arroba do boi no Brasil ainda tende a aumentar. Hoje o Brasil tem uma das arrobas mais baratas do mundo. Enquanto na Argentina, por exemplo, o valor é de R$ 120, no Brasil a arroba custa R$ 103”, apontou.

Já para o consumidor, ao longo de 2009, o preço acumulado das carnes sofreu desvalorização. O acém, por exemplo, teve uma redução de preço para o consumidor de 9,83%, enquanto no atacado, a carne mais desvalorizada ao longo desse ano foi a ponta de agulha, 18,54%. Já a arroba do boi gordo teve queda de 9,11%. No ano passado, o quadro foi bem diferente.

Conforme o indicador Esalq a arroba do Boi Gordo passou de R$ 86,68 em dezembro de 2008 para R$ 104,13 em dezembro de 2010. Outro dado apresentado pelo presidente do Fórum, também secretário de Defesa Agropecuária do estado de Goiás, foi a distribuição geográfica da pecuária brasileira, a região Sul do País, por exemplo, teve uma redução no número de cabeças, de 1996 a 2006, enquanto a região Norte registrou uma taxa de crescimento anual de 6,14%. “Boa parte desse crescimento, veio com o advento da tecnologia. E, diferente do que alguns acreditam, sem agressão ao meio ambiente”, apontou Nogueira.

Apesar da valorização do real frente ao dólar, as exportações de carne bovina tiveram um bom desempenho, favorecidas pelo aumento dos preços internacionais. Em 2010, as vendas externas de carne bovina in natura renderam US$ 3,861 bilhões, resultado 27% maior que o registrado em 2009. Em volume, houve aumento de 2,7%. As exportações de carne bovina in natura foram impulsionadas pelo aumento de 24% do preço médio, que alcançou US$ 4.058,91/ton.

No ano passado, as exportações de carne bovina industrializada foram prejudicadas pelo embargo dos Estados Unidos, que teve início no mês de maio, em decorrência de problemas relacionados a resíduos de antiparasitários. Dessa forma, o produto não apresentou o mesmo desempenho da carne in natura. De janeiro a dezembro, as vendas externas do produto apresentaram queda de 23% em valor e de 24% em volume, na comparação com o resultado de 2009. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) formulou um plano para reforçar o programa de resíduos do Brasil em parceria com as entidades do setor privado. No total, as exportações de carne bovina alcançaram US$ 4,795 bilhões em 2010 e volume de 1,6 milhão de toneladas (equivalente/carcaça).

As informações são da Famasul, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.